Andreia Rodrigues indignada

As notícias que davam conta que a apresentadora não estava a corresponder às expectativas, foram agora esclarecidas.

19 Dez 2016 | 13:15
-A +A

Foi na semana passada que surgiram rumores que ANDREIA RODRIGUES iria abandonar a condução do programa “Grande Tarde”, SIC, formato que apresenta ao lado de JOÃO BAIÃO.

A verdade é que depois das notícias que saíram, dando conta que a direção da SIC estaria descontente com o desempenho da apresentadora, assim como com as baixas audiências, a companheira de Daniel Oliveira publicou no seu blogue o seguinte comunicado:

“Tenho assistido num tranquilo silêncio, que agora me vejo forçada a quebrar, ao que tem sido dito sobre mim, na sequência de uma matéria publicada na passada sexta-feira. Mesmo depois de a SIC ter esclarecido publicamente, no mesmo dia, que continuamos juntos em 2017, que renova a confiança em mim enquanto apresentadora (numa avaliação que decorre naturalmente do trabalho que tenho vindo a fazer), anunciando desde logo um novo projeto, com o qual, diga-se, estou muito entusiasmada, volto a comprovar que os factos são, hoje em dia, menos importantes do que a forma como que se quer contar uma história e como se quer fazer acreditar na mesma.

À boleia do meu silêncio, não havendo mais nada que se possa dizer e porque importa não deixar esmorecer o assunto, hoje mesmo – que conveniente – um jornal regressa a um tema sobre a minha vida familiar sobre o qual ninguém tem mais informação do que eu própria, a partir de um ângulo que tenta colocar um juízo de valor sobre mim, sem o mínimo de conhecimento ou de perspectiva do que foi a minha vida e de quais as duras razões que justificam determinadas decisões não menos leves e tão dolorosas para mim. Fazem-no a partir de uma dedução óbvia de algo que referi numa entrevista há mais de um mês. Nessa altura não foi relevante e agora é, com que interesse ou razão?

Sei que pago um preço por não falar sobre determinadas matérias, por não contribuir como se pretenderia para essa fogueira pública e, até, por mostrar que estou feliz e indiferente às injúrias. Isso leva a que, por exemplo, sobre a questão profissional, salvo algumas dignas exceções, as declarações oficiais da SIC não sejam tidas em conta na íntegra ou surjam fragmentadas de forma secundária e o que se privilegia é o que possa causar mais sensação. E depois, quando o tempo e a realidade tiverem corrigido as manchetes, já serão outros, os alvos sobre os quais disparar.

Para quem só lê os títulos, o que é plantado pode colher frutos em pessoas de bem, que são induzidas em erro, e noutras, que só acreditam naquilo em que querem acreditar, aproveitando a oportunidade para discorrer a sua maldade e mesquinhez de forma inqualificável, também no que à língua portuguesa diz respeito. São uma escassa minoria, é certo, mas a vida ensina-nos que basta um tiro para magoar e afectar aqueles que nos são mais próximos, como a minha mãe. Foi depois de falar com ela e a acalmar várias vezes este fim-de-semana, que decidi recuar na minha decisão de manter o silêncio sobre este assunto.

Eu já aprendi desde há algum tempo a perceber que quem está na televisão tem muito pouco ou nenhum controlo sobre o que de si é dito. Também me fui habituando a ignorar a maldade expressa em caixas de comentários de revistas, jornais e redes sociais, até porque já mais do que uma vez tentaram inventar coisas (que só existem na cabeça de quem inventa) que possam tentar justificar o trabalho que faço e a aposta contínua que em mim foi feita por, pelo menos, 6 decisores diferentes, em diferentes direções de programas e conteúdos.

Qual o grau de injustiça que qualquer mulher sentiria se várias vezes ao longo da sua vida,  a acusassem ou insinuassem que não é merecedora do que conquistou pelo seu mérito e do que manteve, pelo seu trabalho e seriedade? Este sexismo bacoco não tem contraponto na mesma medida por cá e todos os que fazemos tv sofremos, em algum momento, um olhar acusador que imagina cunhas e favores sempre atrás da porta. Vai variando consoante a simpatia e empatia pelo profissional em causa. Ou então, só porque sim. Ainda assim, valha-nos a sorte, são ainda pequenas – no amplo sentido da palavra – exceções.

Aproveito para agradecer à larga maioria das pessoas, que me enviaram várias  centenas de mensagens desde sexta-feira, aproveitando para pedir a todas que não entrem nessa espécie de competição e comparação qualitativa entre mim e outros colegas, criticando-os com o objetivo de me defender. Essa atitude, mesmo quando procura ser simpática, não produz nenhum efeito benéfico e eu não me sinto valorizada por oposição a alguém. Eu, ao procurar ser melhor todos os dias, faço-o para me superar a mim mesma, não por comparação. Em televisão somos julgados pelos resultados e os resultados dependem de muito mais do que as pessoas que os apresentam. Todos nós, quem fez, quem faz e quem fará, procura fazer o melhor possível em cada momento. E há sempre quem gosta, quem não gosta e quem é indiferente, faz parte.

Ao contrário do que foi escrito, e tal como a SIC já informou todos os meios, não fui dispensada do “Grande Tarde”, programa que co-apresentarei com o João até à última emissão (em data ainda por confirmar). E fá-lo-ei com o mesmo profissionalismo, com a mesma preparação e alegria com que o fiz, em qualquer circunstância, ao longo destes mais de dois anos. O único destino garantido a qualquer programa que começa é, um dia, chegar ao fim. E outro se lhe seguir. Não vejo como invulgar o que de tão normal acontece nesta atividade. Nem reagi a essa possibilidade como as famosas fontes dizem que aconteceu. Nem preciso de mais tempo para preparar o meu casamento como as mesmas fontes têm feito crer.

Feliz ou infelizmente, como o meio é muito pequeno, é fácil descobrir a origem, o interesse e o ângulo das “notícias”. Mas, que interessa isso, agora?

Não vão conseguir minar a minha felicidade! Estou muito feliz e entusiasmada com o que aí vem. Feliz, por saber a opinião que a SIC tem sobre o meu trabalho, feliz por saber que estou numa casa que ouve as minhas ideias e me dá a liberdade de fazer, em cada momento, os projetos que mais gosto e felicidade me dão.”

O “Grande Tarde” termina, mas surgirá um novo programa para substituir este formato, que será apresentado por João Baião e Rita Ferro Rodrigues.

Quanto ano novo projeto de Andreia Rodrigues, está ainda tudo no “segredo dos deuses”.

PUB