Pedido especial quando soube que tinha um coração

Os médicos José Pedro Neves, José Manuel Correia e Miguel Abecassis reuniram-se com a imprensa.

10 Dez 2017 | 11:53
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O hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, recebeu a imprensa ao final do dia deste sábado, para uma conferência de imprensa sobre o estado de saúde de Salvador Sobral. Os médicos José Pedro Neves, José Manuel Correia e Miguel Abecassis reuniram-se com os jornalistas para anunciar que o transplante foi realizado esta sexta-feira, dia 8 de dezembro.

«Foi realizado o transplante cardíaco de Salvador Sobral. Devo agradecer ao Salvador Sobral por ter sido um homem estoico e um paciente com esperança», começou por dizer José Manuel Correia.

«Obrigado à equipa que atendeu e acompanhou desde a primeira hora e que concretizou o transplante», continuou.

«Perguntou-me se podíamos pôr música»

O médico passou a palavra ao colega José Pedro Neves que falou deste procedimento. «O transplante é a ponta do icebergue de qualquer transplantado. É preciso perceber que esteve muitos meses em lista de espera, muitos meses internado, aos cuidados de uma equipa de cardiologistas. Ontem calhou a vez de ter o seu coração. Ele está bem.»

 Por fim, Miguel Abecassis referiu: «Não creio que fosse um desafio diferente dos outros. Atrás desta operação estão muitos meses, cabe-me dizer agora que a operação correu bem. Tem estado a evoluir tudo muito bem. O Salvador está muito animado e muito bem disposto. Até agora, não podíamos esperar melhor».

 Ao receber a notícia de que tinha um coração, Salvador teve um pedido especial.

«Primeiro, perguntou-me se ele estava em forma, ao que eu respondi que sim. Depois perguntou-me se podíamos pôr música e eu perguntei-lhe que tipo de música. Ele disse que preferia música clássica, antes da intervenção. Finalmente, desejou-me boa sorte», relatou o cirurgião.

 Logo após acordar, agradeceu à equipa médica

Por fim, Miguel Abecassis explicou que «é uma recuperação longa, vai envolver outro tipo de profissionais para que corra bem a longo e a médio prazo. A possibilidade de ter uma vida normal anda à volta dos 85 por cento».

Logo após acordar da operação, Salvador agradeceu a toda a equipa e, segundo o médico José Neves, «disse-o com boa voz».

 

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