Rogério Samora

De jovem rebelde a ator consagrado, Samora é um dos profissionais da representação mais requisitado.

05 Dez 2016 | 11:58
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A 28 de outubro de 1958 nascia José Rogério Filipe Samora, conhecido do grande público como Rogério Samora. Viveu com a avó até aos 7 anos. “Os meus pais não tinham condições para me criar. Depois, aos sete anos, organizaram-se financeiramente e eu fui viver com eles.” . Apesar de, durante esse tempo, só estar ao fim-de-semana com os pais, o ator só tem a dizer bem dos seus progenitores. Já de si, tem consciencia de que poderia ter sido melhor filho: “Acho que fui um filho rebelde e, às vezes, parvo. Tenho pena de não ter convivido mais com o meu pai. Porque era moda ser rebelde, ser contra o pai.”

Casou aos 19 anos com Leonor, uma mulher 10 anos mais velha do que ele. Durou 13 anos. “A Leonor foi uma mulher que me apanhou numa fase em que eu não estava ainda preparado para ser homem”, revelou.

A primeira vez que pisou um palco foi aos cinco anos, fez de marinheiro e dançava. Mas o que ele gostava mesmo era de ter sido médico. Quando optou por se ator e contou ao pai, este não reagiu bem. “‘Então a tua avó paga-te o curso que eu não pago nada disso!’ E assim foi. A minha avó pegou numas economias que tinha e eu fui viver para casa dela.” Mas nem tudo foi um mar de rosas. “Durante o dia trabalhava. Vendia eletrodomésticos numa casa que se chamava Triângulo Vermelho, na Avenida Almirante Reis. Acartava com eletrodomésticos para quintos e sétimos andares e à noite ia para o Conservatório”.

Mais a sério, estreou-se aos 19 anos na Casa da Comédia, na peça “A Paixão Segundo Pier Paolo Pasolini”, de René Kalisky, que lhe valeu o prémio de Ator Revelação, em 1981, dirigido por Filipe La Féria. A partir daí não mais parou e a par com a representação experimentou também a apresentação de programas.

Depois de alguns anos a vestir a camisola da TVI, estação da qual era exclusivo, Rogério Samora aceitou o convite da SIC para integrar o elenco da novela “Rosa Fogo” e assim comprou uma “guerra” com a estação de Queluz de Baixo. O seu contrato de exclusividade prendia-o até agosto de 2011 e a mudança deu-se antes disso. Novela esta, nomeada para um Emmy. 

Seguiram-se “Sol de Inverno”, “Mar Salgado”, “Poderosas” e agora vive um “Amor Maior” na pele de “Vicente”.

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