Bocas atrás de bocas! Agir e André Ventura picam-se… e tudo por causa da trovoada

Agir aproveitou o facto de estar a trovejar para mandar uma boca a André Ventura na Internet. O líder do Chega não se deixou ficar e respondeu à letra, como já é habitual

21 Jul 2020 | 19:30
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A noite desta segunda-feira, dia 20 de julho, ficou marcada por uma violenta trovoada na área de Lisboa. E os «relâmpagos» não ficaram apenas no céu, tendo-se prolongado para a Internet… com uma (nova) discussão entre Agir e André Ventura. O cantor resolveu fazer uma piada com o facto de estar a trovejar e twittou com uma pergunta irónica: «Quem está a rezar para que o André Ventura esteja num descampado agora?».

Como já é habitual, o líder do partido Chega não se ficou e respondeu à letra ao músico: «Não estou! Estou a estudar e a preparar respostas para a crise económica que enfrentamos. No fundo, ajudar a que mentecaptos como tu ainda tenham um país para quem cantar… mesmo que mal!». Mas a discussão não se ficou por aqui.

«Escolheram-te a ti para cantar umas músicas que passam na rádio quando já ninguém está a ouvir»,
«Cuidado que ele é o novo Marcelo. Estuda e está no Twitter ao mesmo tempo», disse Agir, utilizando vários emojis com palmas. «Percebo que para ti isso seja difícil. Por isso é que os portugueses me escolheram a mim para os representar e a ti para cantar umas músicas que passam na rádio quando já ninguém está a ouvir», atirou o político.

«Desajar a morte a uma pessoa.. é isto que estamos a fabricar em Portugal», disse um Internauta. Agir viu-se obrigado a esclarecer que utilizou apenas a ironia e voltou a provocar André Ventura.«Foi ironia, como ele disse quando mandou uma deputada para a terra dela», afirmou, referindo-se à publicação do Facebook em que Ventura sugeriu a Joacine Katar Moreira para «voltar para o seu país de origem».

Polémica atrás de polémica

Esta não é a primeira vez que André Ventura e Agir estão envolvidos num bate-boca nesta rede social. O primeiro episódio desta novela foi relatado pela TV 7 Dias, no dia 3 de junho, quando o músico reagiu à intenção do líder do Chega de, caso chegue ao poder, impor medidas mais restritivas no que toca à liberdade de expressão na Internet. «O Twitter deixará de ser a bandalheira que é, pelo menos, em Portugal», disse o político… no Twitter.

«Não sei como vai ser no Twitter nem se vais ganhar mas, pelo sim, pelo não, aproveito já para dizer, enquanto posso, que és uma MER**», escreveu o filho do cantor Paulo de Carvalho e da atriz Helena Isabel, numa mensagem difundida no InstaStories, ferramenta do Instagram.

Pouco tempo depois, André Ventura partilhou a notícia da TV 7 Dias no Facebook. «Meu caro, para acabar contigo nem sequer era preciso censura. Basta que os portugueses tenham um pouco de bom gosto musical e nunca mais temos de ouvir essa voz frouxa e esse corpo tatuado à gangster efeminado», escreveu o deputado único do Chega naquela rede social.

Agir não se ficou e respondeu ao ataque de André Ventura, que foi dispensado da CMTV e do Correio da Manhã, depois de o diretor-geral editorial do grupo ao qual estes dois meios pertencem, Octávio Ribeiro, ter reconhecido que tinham sido «ultrapassadas algumas linhas vermelhas» nas posições assumidas pelo então comentador desportivo.

«Ok, não está péssimo, péssimo, mas estava à espera de mais. Acho que precisa de um ghost-writer [‘escritor-fantasma’, em português] para os insultos que está a ficar fraquinho. ‬ ‪P.S.: És uma mer**», reagiu Agir no seu perfil de Instagram, numa publicação que já conta com o apoio de vários anónimos e figuras públicas.

«Não alimentes tudo isto. Ele quer é que falem e lhe dêem 5 minutos de fama. Cairá sozinho de tanto ódio e, daqui a umas semanas, ninguém se lembra dele, acredita. ‘Fruta podre cai sozinha’», aconselhou, por exemplo, o cantor Nininho Vaz Maia, de etnia cigana, sobre a qual André Ventura tem tecido observações consideradas por muitos polémicas. Uma das mais recentes foi quando o político manifestou a intenção de apresentar, na Assembleia da República, uma proposta de «plano de confinamento específico para a comunidade cigana que não aceita, maioritariamente, as regras sanitárias e de autoridade pública para a generalidade dos cidadãos».

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Texto: Inês Borges e Dúlio Silva; Fotos: Reprodução Instagram e Twitter
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