Andreia Filipe foi expulsa do “Big Brother – A Revolução” no passado domingo e, já esta segunda-feira, a agora ex-concorrente do reality show considerou ter sido uma “questão de azar” perder a votação para Joana e André Abrantes, os outros nomeados da semana.
“É um jogo que muda constantemente. Não tem só a ver com a nossa estratégia e afinidade, mas também com a sorte”, disse a bailarina à TV 7 Dias, garantindo que percebeu que algo não estava bem na quarta-feria, quando não foi salva pelos portugueses. Recorde-se que Andreia foi uma das jogadoras que mais vezes foi salva pelo público durante a semana, ficando assim livre da nomeação até domingo.
“Nesse momento, percebi que alguma coisa poderia estar a falhar”, disse-nos. E acrescentou: “Uma pessoa que seja minimamente inteligente tem de pôr tudo no prato da balança. O lado A e o lado B. E eu aí ponderei [quanto à decisão estar entre ela e a Joana]. Não sei exatamente o que aconteceu. Gostava de saber mas acho que isso vai ficar na nossa imaginação”. No entanto, deixou de lado a hipótese de manipulação.
Antes de sair do jogo, Andreia referiu a Joana: “Era isto que eu queria”. E explica-nos que esta frase foi dita, apenas, para tranquilizar a colega. A bailarina garante, a pé juntos, que nunca e em tempo algum pediu à produção do reality show da TVI para sair do jogo.
“Eu nunca disse que queria sair, nem nunca pedi para sair. Simplesmente não sou burra e percebo algumas dinâmicas. E a minha frase foi de apoio à Joana. Eu quis deixar a Joana descansada”, afirmou.
Andreia: “A casa tem alguma atividade noturna”
A agora ex-concorrente gostava de chegar à final, no entanto, garante que “sair do Big Brother não é morrer”. Até porque existe uma vida inteira cá fora para retomar. “Levei com o choque da realidade. Foi duro. Mas ver a minha família, ver o meu namorado, ver a minha irmã… foi bom. Dentro de alguns dias vou retomar as aulas. Namorar muito, dormir e comer. Tirar umas férias do Big Brother”, contou-nos, para depois explicar que dentro da casa existe “alguma atividade noturna”, que a impedia de dormir em condições.
“A casa tem alguma atividade noturna. As luzes apagam muito tarde, portas a bater, risos…”, explicou, garantindo que, para ela, era difícil lidar com a situação. “É difícil. Eu não recebia festinhas, não recebia beijinhos. E esses miminhos dão força durante a semana, dão força nos momentos menos bons. Eu não tinha essa parte. Então, o meu jogo era duplamente mais difícil”.
Além disso, afirma ainda que deu a entender aos casais para fazerem menos barulho durante a noite: “Nós mandávamos mensagens indiretas e eu até passei uma mensagem mais direta, porque os meus olhos falam muito. Houve uma tentativa mas não foi suficiente”.
O aborto num ano que começou “da pior maneira possível”
Foi em janeiro deste ano que a participante do do Seixal viu um dos seus maiores sonhos completamente destruído. Andreia estava grávida de poucas semanas quando, numa consulta de rotina, o médico revelou que ela tinha uma gravidez ectópica, que no seu caso consistia numa gravidez tubária, que ocorre dentro das trompas de Falópio.
Andreia, de 40 anos, foi obrigada a fazer um aborto e acabou por perder o bebé. Pouco tempo depois, teve um problema de saúde, em plena pandemia, que ainda hoje a afeta.
“Eu comecei 2020 da pior maneira possível. Tenho uma gestação muito dura. Depois, entra a nuvem de uma possível pandemia. De seguida, tenho o problema com o joelho. A minha verdadeira quebra foi antes do ‘Big Brother’ e o jogo foi a luz do meu túnel, uma forma de surfar a onda. Vi uma hipótese de mudança, de novas oportunidades, de crescer, de ver a vida de uma maneira diferente”, contou-nos, garantindo que sempre foi uma pessoa “positiva e lutadora”.
Por este motivo é que a professora de dança quis levar para dentro da casa mais vigiada do País a causa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que não comparticipa o tratamento de fertilidade após os 40 anos de idade.
E, apesar de ter conseguido entrar no jogo, admite ter-se sentido enganada quando se apercebeu dos concorrentes que tinha ao seu lado na casa. Andreia julgava que o “Big Brother – A Revolução” teria concorrentes idênticos à edição anterior: “Era um registo diferente daquele que eu esperava”. E, por isso mesmo, ainda não sabe, caso seja convidada, se irá aceitar o desafio para participar no “Duplo Impacto”.
Andreia indignada com entrada de ex-concorrentes
Andreia assumiu também que, dentro do jogo, existem pessoas que não são dignas de chegar à final. E deu um exemplo: “Há pessoas lá dentro que não merecem ganhar. Para mim, o Pedro não merece”. Por outro lado, diz que Joana é “uma justa finalista”.
Sobre a entrada de ex-concorrentes, a agora ex-participante também deu a sua opinião e afirmou, com todas as letras, que é “injusto”. “Muito injusto. Se eu tivesse ficado na casa, muito provavelmente, iria ficar muito revoltada. São pessoas que já foram eliminadas do jogo. Eu até entendia que pudessem entrar para dar uma nova dinâmica, lutar por uma viagem, etc., mas não para lutar por uma percentagem do prémio. Não é justo. Estiveram cá fora, estão cheia de energia, sabem as estratégias de cada jogador, sabem quem é forte e quem é fraco (…). Se eu estivesse lá dentro, não iria correr bem”.
Texto: Márcia Alves; Fotos: reprodução redes sociais