Ângelo Rodrigues: «Estamos aqui para TRABALHAR, não para TER LIKES»

Ângelo Rodrigues dá vida a Bruno em Golpe de Sorte, o filho de uma mulher humilde que ganha o Euromilhões. Ângelo assume-se «provinciano» e afirma que não é ator para «ter likes».

08 Jun 2019 | 14:50
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Ângelo Rodrigues é Bruno Garcia em Golpe de Sorte. O jovem, que o ator descreve como «ingénuo e com pouca destreza intelectual» vai passar pela experiência de se tornar, juntamente com a família, milionário da noite para o dia.

E se Bruno vai investir num restaurante, já Ângelo Rodrigues teria planos diferentes para os 80 milhões de euros. «Provavelmente investiria em estudos e investigações para chegar à imortalidade. Se eu fosse imortal, seria ótimo. Deixava um milhão para oferecer um jantar com bar aberto para os meus amigos porque eu nunca lhes ofereço nada e então seria a oportunidade para lhes oferecer alguma coisa», conta o ator.

O ator de 31 anos revela o que tem em comum com a sua personagem.«Sinto que, tal como o Bruno, sou um provinciano que teve sorte na vida», explica. Ângelo tem como irmã a estreante na SIC Isabela Valadeiro. Uma parceria que só merece elogios por parte do ator.

«Temos uma boa química. Eu não acredito no horóscopo mas somos do mesmo signo. Somos bastantes obstinados e profissionais naquilo que fazemos. Gostamos de ser bastante exigentes com o nosso trabalho», explica.

 

«Não se fica rico a ser ator em Portugal»

 

Em Golpe de Sorte, Ângelo Rodrigues contracena com um extenso naipe de atores séniores, como Rui Mendes, Henriqueta Maia, Manuela Maria, entre outros. Uma experiência que, explica, «vale mais do que qualquer licenciatura do conservatório».

«Trabalhar com eles é fazer uma masterclass todos os dias. Basta só olhar para eles e já estou a aprender», afiança. O ator de 31 anos pertence à chamada geração Morangos com Açúcar, tendo tido o seu primeiro papel de destaque na quinta temporada série juvenil da TVI, em 2007.

Questionado sobre lutas de egos e sobre a importância ao peso que as redes sociais têm atualmente na carreira das celebridades, Ângelo é contundente: «ainda bem que estou um bocado fora disso e que tentamos manter-nos à margem disso na SIC. Estamos aqui para ser atores e trabalhar, não é para ter likes».

 

Veja o vídeo e saiba qual a próxima viagem do ator

 

E mesmo no que toca aos benefícios de ter milhares de seguidores nas redes sociais, como patrocínios, produtos e serviços a custo zero, Ângelo refere que essas não são as suas prioridades. «Eu não estou aqui por esse propósito senão não seria ator. Não se fica rico a ser ator em Portugal», afirma.

E continua, explicando que a profissão de ator, no nosso país, é marcada pela instabilidade. «Infelizmente, vivemos condições precárias de trabalho. O facto de não sermos defendidos por um sindicato, ao deixarmos de trabalhar em televisão, ficamos sem qualquer apoio, sem dinheiro mesmo. Viver nesta intermitência pode ser esquizofrénico. Quem não tiver uma boa base emocional, fica complicado de gerir».

 

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Texto: Sofia Cardoso e Raquel Costa | Fotos: Helena Morais e SIC
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