EXCLUSIVO! António Raminhos em quarentena: «Saio direto para uma vasectomia»

Em quarentena, o humorista criou novas rotinas com as filhas, apesar de a mais nova desafiar os seus limites. Acredita que a Covid-19 irá fazer com que as pessoas repensem a valorizem.

28 Mar 2020 | 19:30
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Com uma família numerosa, António Raminhos e a mulher, Catarina, necessitaram de organizar a sua rotina diária com as filhas – Maria Rita, de nove anos, Maria Inês, de sete, e Maria Leonor, de três – devido ao apelo do Serviço Nacional de Saúde para permanecer em casa e evitar a propagação do coronavírus em Portugal.

«Fizemos um plano, temos horas estabelecidas e ajudamos as mais velhas nos trabalhos. Também temos jogos daqueles para dançar e gastar energia, jogamos às escondidas, damos um passeio pelo condomínio e elas têm um tempo para estar nos tablets. Basicamente, tentamos que as mais velhas mantenham o seu registo durante a semana e que a mais pequenina não nos destrua o que estamos a fazer.»

Contudo, o humorista acredita que o pior está para vir. «Isto agora é tudo muito bonito, daqui a três semanas estamos todos a matar-nos uns aos outros», afiançou. E a culpa vai para a mais nova: «Ela desarruma tudo, não faz nada do que se diz, se as irmãs estão a fazer uma coisa, ela vai lá e rouba. É um soldadinho de chumbo! As irmãs não eram assim. Ela está a borrifar-se, pode vir o coronavírus, poderia vir uma terceira guerra mundial, que para ela era igual. Mas ela não tem consciência, tive de a chamar à razão. Aliás, eu vou atirar-lhe tudo à cara quando ela fizer 18 anos. Depois disto saio direto para uma vasectomia», brincou.

Para o patriarca, a ideia é viver um dia de cada vez e adaptar o plano familiar sempre que necessário. Ao contrário do idealizado, a mãe das ‘Marias’ terá de criar uma nova estratégia para trabalhar. «A Catarina está a escrever e tem de se dedicar, é um bocado difícil. Já pensámos em organizar esta parte de outra maneira. Ela terá de se fechar de manhã num sítio para poder estar tranquila», explicou o comediante.

E não é a única. Perante a presença de uma pandemia, «o nosso trabalho é que está a ser mudado, porque elas agora estão sempre em casa e há coisas que eu não estou a conseguir fazer. Por exemplo, eu medito todos os dias e agora fica muito mais difícil. Não só custa parar o barulho na minha cabeça, como tenho de parar o barulho delas.»

Assim, a curar-se de um transtorno obsessivo-compulsivo, a meditação é um aspeto importante no seu dia-a-dia porque ajuda-o a atenuar a ansiedade. «Ainda no outro dia falava com o meu pai sobre isso, ‘tantas vezes que gozaram comigo por causa de lavar as mãos, agora olha…’»

E não é só. Esta fase de quarentena leva-o a considerar vários aspetos da sua vida. «Para minha surpresa, já ‘paniquei’ duas ou três vezes, mas num registo um bocadinho diferente. Acho que para pessoas que sofrem de ansiedade, de fobia social, homofóbicos, etc., isto pode ser uma altura de aprendizagem. No meu trabalho como humorista tenho algumas ideias mais agressivas, que não posso publicar, nem toda a gente ia perceber, porque é um tema sensível, mas sobretudo tento passar umas mensagens mais sérias. Quer se acredite nisto ou não, é quase como uma mensagem do Universo a obrigar-nos a parar, a pensar numa data de coisas e a dedicar tempo ao que antes não dávamos valor», finalizou.

 

O papel higiénico e a Covid-19

 

A compra compulsiva de papel higiénico já foi um tema abordado na rede social de António Raminhos. À TV 7 Dias, o humorista desabafa: «Não percebo este fenómeno. O Mundo está prestes a terminar e o medo das pessoas é borrar as cuecas. Se calhar temos de mudar as prioridades, se calhar, como as pessoas passam mais tempo sozinhas, a porcaria que não lhes sai pela cabeça sai por outro lado, só se for por aí…», rematou.

 

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Texto: Carolina Sousa; Fotografias: Arquivo Impala e reprodução redes sociais

 

(artigo originalmente publicado na edição nº 1723 da TV 7 Dias)

 

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