Apagão em Portugal: Saiba o que levou a este a acontecimento. Podemos recuar na recuperação? Sim!

Foi esta segunda-feira, 28 de abril, que Portugal viveu um dos dias mais atípicos dos últimos anos. O apagão, de norte a sul do país, durou cerca de dez horas.

29 Abr 2025 | 10:40
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Foi esta segunda-feira, 28 de abril, pelas 11h33, que Portugal atravessou uma dos momentos mais atípicos dos últimos anos – ou até mesmo décadas. Um país às escuras. E durante cerca de dez horas. Sem qualquer eletricidade, com telecomunicações condicionadas, os portugueses viram-se obrigados a adaptarem-se a uma ‘realidade’ desconhecida e que poderia duras horas ou até mesmo dias. Passado o susto, a eletricidade começou, aos poucos, a ser restabelecida em diversos pontos do país. Mas afinal, o que levou a este apagão?

A única certeza é que o apagão resultou de um desequilíbrio na rede elétrica, embora a causa para esse desequilíbrio ainda não tenha sido apurada. Momentos antes das 11h33, verificou-se uma grande oscilação na tensão da rede espanhola, como explicou João Conceição, administrador da REN com o pelouro das operações, em declarações aos jornalistas. Naquele momento, o sistema elétrico português estava a importar eletricidade de Espanha, algo que “tem sido normal nestes últimos dias”. Portugal importa eletricidade para que possa usufruir de energia mais barata produzida em Espanha. No entanto, a oscilação no nível de tensão da rede elétrica levou a que os sistemas de controlo e proteção de centrais elétricas disparassem, “algo equivalente ao que acontece nas nossas casas com os disjuntores de um quadro”, explicou João Conceição. No sistema elétrico, “quando há qualquer desequilíbrio, o sistema vem todo o abaixo“.

O apuramento das causas “vai demorar tempo”, isto porque a REN não quer “tirar conclusões precipitadas”. No entanto, adiantou que não tem “qualquer informação” sobre um eventual ataque cibernético.

Numa situação desta natureza, é crucial não dar um passo em falso, ou podemos deitar fora a recuperação“, indicou ainda João Conceição. Também em declarações à CNN, o ex-presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, Jorge Vasconcelos, esclareceu que podem existir “avanços e retrocessos”, não descartando assim a possibilidade de existir sim recuos na recuperação ainda que “relativamente curtos“.

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Texto: Ana Rocio
Fotos: D.R.
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