O Governo vai decretar luto nacional no dia das cerimónias fúnebres de Eunice Muñoz, que morreu nesta sexta-feira, 15 de abril. A atriz tinha 93 anos e encontrava-se no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa. A informação foi avançada por fonte do Ministério da Cultura à Lusa.
Pedro Adão e Silva foi uma das figuras a lamentar a morte da artista. “Neste momento, devemos-lhe o mesmo aplauso que sempre lhe oferecemos, um aplauso de certa forma eterno”, declarou o ministro àquela agência de notícias, considerando um “privilégio para Portugal e para os portugueses” ter uma atriz como Eunice Muñoz. “Tinha um talento quase natural e um dom único para a representação e, por isso mesmo, para nós todos, a vida da Eunice Muñoz confunde-se com os palcos e com o teatro, é uma espécie de relação íntima que todos fomos desenvolvendo com a mulher doce e afável”.
Eunice Muñoz tinha completado em novembro passado 80 anos de carreira. Em abril, tinha sido condecorada por Marcelo Rebelo de Sousa com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, cerca de três anos depois de ter recebido a Grã-Cruz da Ordem de Mérito.
O Presidente da República foi um dos primeiros a lamentar a perda de uma “referência nacional, admirada e respeitada por todos os portugueses”. “Portugal está de luto. Habituámo-nos a que Eunice Munõz era eterna”, disse o Presidente da República sobre a atriz, recordando a vida dedicada “ao teatro, mas também ao cinema, à televisão, à cultura de Portugal e aos portugueses”.
“Não a esquecemos, nunca a esqueceremos, estará sempre no nosso coração”, terminou Marcelo, em declarações aos jornalistas, no final da cerimónia alusiva à partida da força militar portuguesa para a Roménia, neste sábado de manhã.