Ator de 61 anos encontrado morto em tenda. Amigos angariam dinheiro para funeral

José Manuel Lopes, ator de 61 anos conhecido no meio cinematográfico e teatral, foi encontrado morto na tenda onde vivia. Amigos estão a angariar fundos para realizar funeral.

10 Dez 2019 | 16:20
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José Lopes, um nome desconhecido para o grande público, era respeitado entre os que pertencem ao meio teatral e cinematográfico. A sua morte, dada a conhecer nas redes sociais, é mais um exemplo de um artista que, pela falta de trabalho e condições de sustento, acaba os dias na miséria.

De acordo com António Alves Fernandes, amigo de longa data, o ator foi encontrado numa tenda, local onde vivia depois de ter ficado sem meios de sustento. «Aos 61 anos, este andarilho da cultura foi encontrado morto na tenda onde dormia (desde que a segurança social lhe cortara o rendimento mínimo), nos arrabaldes de Sintra, junto a uma estação de comboios… Não se sabe a hora nem o dia em que tal facto aconteceu. Dizem que morreu de causa desconhecida…», escreve.

No Facebook, José Oliveira, cofundador do Cineclube de Braga, divulgou um pedido de angariação de fundos para ajudar a custear as cerimónias fúnebres de José Lopes. «Estamos a tratar do funeral do nosso companheiro José Lopes e apelamos ao espírito solidário de todos para ajudarem, na medida das vossas possibilidades, com uma contribuição, de modo a se realizarem as cerimónias fúnebres com a dignidade que o nosso amigo merece. As contribuições destinam-se ao pagamento de todas as despesas associadas e o excedente reverterá a favor da Inês, filha do Zé», escreve.

 

Uma vida dedicada ao cinema e ao teatro

José Manuel Lopes nasceu a 31 de Março de 1958. Estudou Antropologia Social e participou em várias peças de teatro, como Os Negros, de Jean Genet, Vida e Morte de Bamba de Lope de Vega com encenação de Luís Miguel Cintra ou Epopeia de Gilgamesh, com tradução de Pedro Tamen e encenação de Adolfo Gutkin.

Trabalhou com Luís Miguel Cintra na docência da disciplina de direcção de actores na Escola Superior de Teatro e Cinema. No grande ecrã, trabalhou em produções independentes como Adeus Lisboa, de João Rodrigues, Interrogatório de Maria Mendes e José Pedroso, ou Longe de José Oliveira.

 

Texto: Raquel Costa | Fotos: redes sociais

 

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