Duas décadas depois de ter ido para o ar, a célebre novela da TVI, de grande sucesso, Ninguém como Tu é uma das cartadas fortes de José Eduardo Moniz para a ficção do canal de Queluz de Baixo. As gravações deste remake, que surge desta vez no formato série, arrancam este mês e Benedita Pereira volta a integrar o elenco, para dar vida a outra personagem, uma vez que a “sua” Teresa, será agora interpretada por Laura Dutra. “O projeto teve muito sucesso e, hoje em dia, ainda há pessoas que dizem frases da Luiza Albuquerque. Foi um projeto que me marcou muito, onde fiz muitos amigos, onde eu aprendi muito, foi a seguir aos Morangos com Açúcar, e foi um projeto de grande sucesso e companheirismo. Tenho ótimas memórias”, disse, acrescentado: “É um regresso muito engraçado, para mim é estranho, porque estou a ler os guiões e parece que estou a ler para a Teresa, uma confusão, mas vai ser uma coisa completamente diferente, é uma série que está está muito bem escrita. Acredito muito no projeto e para mim tem um sabor especial. Não deve haver muitas vezes na vida que uma pessoa faz um remake, onde temos a possibilidade de fazer outra personagem e viver outra perspetiva”.
Sem se alongar muito sobre a personagem que irá interpretar, neste remake da autoria de Rui Vilhena em que a vilã Luiza Albuquerque, na altura protagonizada por Alexandra Lencastre, será agora interpretada por Margarida Vila-Nova, Benedita Pereira fala dos desafios que terá pela frente: “É uma personagem que passa por muitas provações e desafios e há uma carga dramática, há uma força que ela tem que tem que ser muito bem trabalhada para não ficar uma coisa melodramática, nem demasiado histérica, mas agora que voltei de férias, voltei a pensar muito nisso e muito nela. Há muitas coisas na personagem e no percurso dela que são desafios para uma atriz”.
Além deste projeto, a atriz irá conciliar ainda a série com os ensaios da peça que irá estrear a 12 de setembro, no Teatro da Trindade, em Lisboa, Telhados de Vidro, onde vai estar ao lado de Diogo Infante. “Conciliar os dois projetos: nunca fiz as duas coisas ao mesmo tempo, neste caso vou estar a construir duas personagens ao mesmo tempo, não vai ser fácil, porque há uma vida depois do trabalho. Vão ser dois meses mais concentrados no trabalho”.
Texto: Telma Santos (telma.santos@impala.pt);
Fotos: Carlos Mendes, TVI
