Bruno Cabrerizo encara bem o facto de ir trabalhar com o namorado da “ex”

A poucos dias de começar a gravar a nova novela da SIC, Bruno fala do seu regresso e dos seus projetos. Tema Kelly e Lourenço não o preocupa e está tudo bem.

13 Dez 2021 | 9:00
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Aos 42 anos, Bruno Cabrerizo está de volta a Portugal e à ficção nacional, desta vez na SIC, onde até há pouco tempo esteve no ar com a novela Tempo de Amar e onde também já tinha estado há um ano quando foi um dos concorrentes de “A Máscara”. Depois de mais uma novela gravada no seu país, o ator vai começar a gravar “Como Um Rio”, no papel do padre Orlando.

A TV 7 Dias esteve com o ator que nos contou como foi a sua chegada à SIC, que começou a ser preparada há um ano, depois de duas novelas na TVI. “É uma passagem tranquila, normal, fui super bem recebido. O Daniel Oliveira recebeu-me bem, fez-me a proposta do programa A Máscara, mesmo sem saber cantar. Houve uma sondagem para eu fazer um papel, só que teve a novela no Brasil, Quanto Mais Vida Melhor, que eu acabei de gravar agora, que eu já estava com tudo engatilhado e aí eles ligaram dizendo que a Globo ia retomar os projetos. Isto foi em final de outubro do ano passado e então eu não pude ficar aqui para fazer o projeto que me tinham proposto e regressei ao Brasil e fiquei lá um ano. Agora as agendas coincidiram”, diz-nos. Com a chegada ao nosso país, Bruno fica também mais perto de Itália, onde vivem os dois filhos do ator: Gaia, de 11 anos, e Elia, de 8, fruto da sua antiga relação com Maria Caprara. E é com as duas crianças que tenciona passar a quadra que se avizinha. “O Natal é com os meus filhos, como faço sempre. Como moro na Itália eu vou sempre vê-los, mesmo a trabalhar no Brasil e principalmente aqui, que é mais perto. Natal e ano novo eu passo sempre com eles. Como eu cheguei do Brasil e vim direto para cá, eu vou esperar mais um mês para poder ir encontrá-los no Natal, para estar focado aqui. Começo a gravar quarta-feira”, revela.

A sua chegada a Portugal não o coloca só mais perto dos filhos. Para além destes o ator irá encontrar Lourenço Ortigão na novela que vai começar a gravar, que como se sabe namora com Kelly Bailey, a sua ex-companheira. Sobre este assunto, Bruno é perentório: “Não tem problema nenhum. No nosso setor é muito atrizes e atores namorarem e alguns têm filhos, estão separados, porém acabam a trabalhar juntos. Isso é mais do que normal”, analisa acrescentando também que o passado ficou lá atrás. “Eu e a Kelly tivemos uma relação muito bonita, A Kelly faz parte do meu passado , terminámos super bem. Tivemos um final feliz na nossa história, ela está bem com o Lourenço, fico super feliz pelos dois e eu estou bem também, afinal também estou a namorar, estou feliz e a amar”, conta o ator que mantém uma relação com a atriz brasileira Carol Castro desde 2019, quando se conheceram nas gravações da novela Órfãos da Terra. Agora, os dois voltam a estar separados. “Isso é o meu karma. Eu já fiquei o ano passado no Brasil a fazer a quarentena com a Carol Castro e quando reabriram as fronteiras eu voltei para Itália e ficámos cinco meses sem nos vermos pessoalmente, só por videochamada. Agora é igual, a diferença é que eu não estou em Itália estou em Portugal”, lamenta afirmando que a separação pode apenas durar um mês. “Em princípio ela vem para Portugal em Janeiro. Ela está a filmar, por isso não nos conseguimos ver neste período. Ela vem me visitar”, diz a rir.

Para já, Bruno vai ficar seis meses no nosso país mas espera um dia ficar a viver no nosso país. Os motivos para a escolha são vários. “Por enquanto, Portugal é um ótimo refúgio que me acolheu muito bem e estou muito feliz em estar de volta e amo isto. É um dos países mais bonitos da Europa e Lisboa é o Rio de Janeiro que deu certo. Basicamente é isso. E eu sou do Rio. Lisboa é um paraíso. Às vezes os portugueses não têm noção, porque nasceram aqui, mas digo: isto aqui é um paraíso. Eu sei que estou aqui em trabalho, pode ser por seis meses, mas pode demorar mais tempo, espero. Vou tentar aproveitar o máximo possível enquanto estou aqui e mais para a frente morar aqui”, reforça.

Presidente dos jogos à segunda

A conversa com Bruno decorreu à margem de um jogo de futebol no Footlab, que o ator organiza com o cantor brasileiro Rodrigo Almeida e cujos jogos remontam a 2016, altura em que os dois se juntaram para criar este grupo que hoje tem cerca de 60 pessoas, entre atores, profissionais da televisão e músicos, que às segundas se encontram para jogar à bola e para conviver. “Eu e o Bruno somos Cariocas e nas nossas conversas começámos a ver que gostávamos de futebol, apaixonados pela brincadeira, pelo churrasco, aquelas coisa típicas do carioca. Então já estávamos a tentar, para ver se conseguíamos trazer os portugueses para o nosso espírito, porque o Lisboeta tem muito essa alegria do Rio de Janeiro. E foi assim que começou”, conta Rodrigo. Da lista fazem parte nomes como os de Jorge Corrula, Vítor Silva Costa, José Condessa e o ex-jogador Dani. “Alguns vêm para correr, outros para estravazar, tem gente que chora, faz birra, há outros que está tudo bem se ganham ou perdem, mas no final fica tudo junto. No final do jogo está tudo ali”, brinca Cabrerizo que a dimensão deste já trouxe a campo atores do Brasil e um ex-internacional canarinho. “Já vieram aqui o Tiago Rodrigues, o Caio Castro, o Júlio César também veio. Cada segunda é uma segunda diferente”, prossegue antes de rematar que no tempo que esteve fora, a “pelada” evoluiu. “Onde a gente jogava antes era ao ar livre, a pelada funcionava mas o depois não. Até que surgiu aqui, que eu já não estava cá, estava no Brasil e agora temos este espaço maravilhoso onde o pessoal, come, canta, cria amizades e até network, porque há pessoas que vêm para cá para jogar e até para conhecer outras pessoas”, conclui sendo interrompido pelo ator Carlos Malvarez que não apareceu para jogar mas que vem inspecionar tudo. “Sou o fiscal, porque eu é que controlo aqui as coisas todas. Se não for eu isto fica uma bagunça”, brinca.

Texto: Luís Correia (luis.correia@impala.pt); Fotos: DR

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