O desaparecimento de Noah continua a sensibilizar Portugal. A GNR confirmou, há instantes, que as pegadas de criança encontradas perto do local onde desapareceu o menino de dois anos e meio estão na direção de um “percurso de água”. As buscas continuam e serão intensificadas até que Noah seja encontrado. Está prevista chuva e descida da temperatura nas próximas horas, o que dificultará as buscas.
A Polícia Judiciária voltou a ouvir o pai da criança nesta manhã e tem seguido denúncias anónimas que vão chegando. O progenitor de Noah juntou-se às buscas mais de 24 horas depois de ter sido dado o sinal de alerta. Tem ao lado Melina, a cadela que na altura terá acompanhado o menino.
Entretanto, soube-se que a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova disponibilizou apoio psicológico à família da criança. “Enquanto responsáveis da proteção civil, estamos desde a primeira hora no terreno para coordenar com as restantes autoridades tudo o que é preciso para estas buscas. Naturalmente, também estamos a acompanhar a família, colocando à disposição os serviços de apoio psicológico da autarquia”, disse à agência Lusa Armindo Jacinto, o presidente do município.
Autoridades encontram mais peças de roupa
As autoridades terão encontrado mais peças de roupa durante as buscas por Noah: uns calções, uma fralda e uma bota. Durante a madrugada, tinha sido encontrada uma camisola – que a mãe terá confirmado ser de Noah. Estaria como que dobrada, debaixo de uma pedra.
Estas novas informações são avançadas pela SIC. A estação de Paço de Arcos diz ainda que as novas peças ainda não foram validadas pela família.
O alerta foi dado pela mãe, que, ao acordar, deu pela falta do filho. O pai teria saído para trabalhar num terreno agrícola e, quando a mulher acordou, o filho tinha desaparecido, bem como as galochas azuis. Eram cerca das 8 horas da manhã. A irmã, de seis anos, estava a dormir.
A publicação na rede social Facebook chegou a ter a oferta de 500 euros de recompensa por informações sobre o menino, mas essa parte acabou por ser ocultada do pedido de ajuda.
“As buscas durante a noite foram infrutíferas. A criança ainda não foi encontrada”, revelou Jorge Massano, oficial de comunicação e relações públicas do Comando Territorial da GNR de Castelo Branco, durante a manhã desta quinta-feira, à agência Lusa. Foi feito um reforço dos meios.
A GNR e a Polícia Judiciária estão a fazer buscas no local, uma zona de mato, desde a manhã de quarta-feira. A área abrangida pelas buscas é atualmente “bastante alargada” e as autoridades contam ainda com a ajuda de populares, que se juntaram voluntariamente às buscas logo após o alerta, confirmou Jorge Massano à Lusa.
Pais de Noah têm o hábito de deixar a porta de casa destrancada
Segundo avança o Jornal de Notícias, os pais e avós de Noah são agricultores e muito prezados pela vizinhança, o que justifica as dezenas de pessoas que entretanto se juntaram às buscas, entre 70 e 80.
De acordo com o Correio da Manhã, os pais de Noah já foram ouvidos pela PJ e terão dito que o filho seria perfeitamente capaz de calçar as galochas sozinho. De acordo com o mesmo jornal, os pais terão o hábito de deixar a porta destrancada e recordaram até um episódio em que o menino seguiu o pai para o campo agrícola.
As equipas de busca têm vindo a ser reforçadas, integrando já equipas de mergulhadores que vão verificar linhas ou pontos de água que existam naquela área, designadamente poços.
“Neste momento [cerca das 10 horas], o dispositivo conta com 63 elementos da GNR e mais de 20 agentes de proteção civil e temos no terreno as equipas cinotécnicas, drones e equipas de mergulhadores”, acrescentou.
Na quarta-feira, este responsável já tinha adiantado que o menino, com idade compreendida entre “os dois e os três anos”, terá desaparecido de casa e o alerta foi dado pelos pais, desconhecendo-se as circunstâncias do sucedido.
Além dos militares da GNR, a Polícia Judiciária também está no local.
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