Bruno de Carvalho abriu o coração e recordou o turbulento mês de novembro de 2018 no “Big Brother Famosos”. Em conversa com Catarina Siqueira e Liliana Almeida, o ex-presidente do Sporting Clube de Portugal relembra um dos períodos mais difíceis da sua vida, quando foi detido no âmbito da investigação policial à invasão da academia de Alcochete.
O empresário foi detido no dia 11 de novembro de 2018 por ordem do DIAP de Lisboa, tal como o líder da Juve Leo, Mustafá. O concorrente do reality show da TVI salienta que o facto de ter sido detido a um domingo foi apenas pelo “show off”: “Não se faz, aliás, a lei é clara”.
O ex-líder leonino foi encaminhado para o posto da GNR de Alcochete, onde pernoitou durante três noites. Bruno refere que houve um aproveitamento da greve dos serviços judiciais (que ocorreu nessa segunda-feira) para ter ficado mais tempo na esquadra, uma vez que só conseguiu sair na quarta-feira.
“Na terça-feira, o juiz, como o espectáculo ainda não tinha acabado disse : ‘Vou pensar bem. Sei que vai ficar muito chateado, mas vai ter de passar mais uma noite'”, afirma.
“Um buraco no chão a cheirar a cocó”
Seguidamente, Bruno de Carvalho dá pormenores sobre as condições da cela onde foi obrigado a pernoitar. “Em termos de tamanho, era metade da nossa casa de banho. Era para aí dois metros por um”, começa por dizer.
“E tinha cama?”, pergunta Catarina Siqueira. “Não, uma coisa de betão que eles dizem que era a cama. E um buraco no chão, que eles dizem que era, como disseram na imprensa, uma sanita turca, que é para demonstrar glamour… não um buraco no chão a cheirar a cocó. Tinha também um lavatório uma torneira embutida a sair azul”.
Bruno de Carvalho explica que a cama de betão não tinha nenhum colchão ou cobertor: “Nada, nem cobertor. Era novembro. Depois tinha um buraco assim deste tamanho aberto para o frio estar-te mesmo… para tu não te conseguires…”, afirma, sem conseguir completar a frase. Para além disso, passou ainda três dias sem poder tomar banho. “Uma cena macabra”, descreve. Vídeo aqui.
Após sair da cela, Bruno foi obrigado a apresentar-se todos os dias na esquadra durante um ano, sendo que poderia ter viajado para o estrangeiro, mediante um aviso por escrito.
“Tentava ver se respirava”
“Foram os quatro dias mais… completamente descabidos”, remata. Como atividade principal durante a clausura, Bruno refere apenas que “tentava ver se respirava”.
De recordar que o concorrente do “Big Brother Famosos” foi ilibado de todas as acusações no caso de Alcochete. “A juíza considerou que o antigo presidente do Sporting não foi o autor moral do ataque à Academia de Alcochete. Mustafá foi também ilibado das acusações”, refere o Sábado a 20 de maio de 2020.
Texto: Inês Borges; Fotos: DR
