Cancro atormenta atriz da TVI: «não há remédio melhor do que a vontade de viver»

Atriz da TVI sofre com doença de cancro. «Ainda não sei muito bem o que dizer em relação a isto», refere.

14 Ago 2019 | 18:20
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Anna Eremin, conhecida atriz das novelas da TVI, está a viver um momento dramático. O pai da artista encontra-se a lutar contra um cancro e Anna utilizou as redes sociais para escrever um emotivo texto sobre a doença.

A atriz que já entrou em novelas como Jogo Duplo, A Teia, A Única Mulher, ou, mais recentemente, na série Onde Está Elisa? vê-se deparada com uma nova realidade e partilha tudo com os seguidores.

«Apesar de se ter tornado, de repente, a minha realidade, ainda não sei muito bem o que dizer em relação a isto, como escrever as coisas em que tenho estado a pensar nos últimos tempos. Ora, temos medo de palavras. A palavra “cancro” é assustadora, a palavra “quimioterapia” põe as pernas a tremer. A realidade… como sempre, é menos assustadora do que os pesadelos», começa por escrever esta quarta-feira, dia 14 de agosto.

Anna prefere deixar uma mensagem bastante positiva a todos os que se encontrem a passar pelo mesmo processo.

«É uma merda, sim. É duro, sim. Mas é uma dificuldade no caminho, apenas. Há coisas piores. Acompanhar alguém durante o processo 24/7 é duro. Mas não é impossível. E se há coisa que tenho aprendido durante este processo é que não há remédio melhor (para os doentes e para todos nós, e quanto mais cedo o aprendermos, melhor) que a vontade de viver», refere.

 

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• NOT SO BAD • Apesar de se ter tornado, de repente, a minha realidade, ainda não sei muito bem o que dizer em relação a isto, como escrever as coisas em que tenho estado a pensar nos últimos tempos. Ora, temos medo de palavras. A palavra “cancro” é assustadora, a palavra “quimioterapia” põe as pernas a tremer. A realidade… como sempre, é menos assustadora do que os pesadelos. É uma merda, sim. É duro, sim. Mas é uma dificuldade no caminho, apenas. Há coisas piores. Acompanhar alguém durante o processo 24/7 é duro. Mas não é impossível. E se há coisa que tenho aprendido durante este processo é que não há remédio melhor (para os doentes e para todos nós, e quanto mais cedo o aprendermos, melhor) que a vontade de viver. É necessário aprendermos a querer estar aqui e agora. É necessário amarmos muito a nossa vida. É necessário fazermos dela uma coisa melhor, mais bonita, todos os dias. É necessário sorrir muito, é necessário termos mais amor em nós que medo. É necessário rir muito. É necessário saber aproveitar cada instante de cada segundo. Só assim é possível seguirmos em frente. Mais uma vez, é o meu pai que me ensina estas coisas. Mais uma vez, é ele que me mostra que não há nada impossível. O caminho é longo, ainda. Mas faz-se caminhando, faz-se sorrindo e, no nosso caso, com um sentido de humor característico. Acho que é isso. Temos rido tanto que qualquer dia somos expulsos do Hospital. Escrevo isto porque as redes sociais têm de servir para isto também. Há mais gente a passar por este género de situações. Vamos aprender a sorrir a elas também. Porque não há nada, mas mesmo nada no mundo que não se vença com amor. E para qualquer doente, um ambiente tranquilo e sorridente, é meio caminho andado. Força ♥️

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«É necessário aprendermos a querer estar aqui e agora. É necessário amarmos muito a nossa vida. É necessário fazermos dela uma coisa melhor, mais bonita, todos os dias. É necessário sorrir muito, é necessário termos mais amor em nós que medo. É necessário rir muito. É necessário saber aproveitar cada instante de cada segundo. Só assim é possível seguirmos em frente. Mais uma vez, é o meu pai que me ensina estas coisas. Mais uma vez, é ele que me mostra que não há nada impossível. O caminho é longo, ainda. Mas faz-se caminhando, faz-se sorrindo e, no nosso caso, com um sentido de humor característico. Acho que é isso. Temos rido tanto que qualquer dia somos expulsos do Hospital», escreve, ao partilhar imagens dos tratamentos do progenitor.

«Há mais gente a passar por este género de situações. Vamos aprender a sorrir a elas também. Porque não há nada, mas mesmo nada no mundo que não se vença com amor. E para qualquer doente, um ambiente tranquilo e sorridente, é meio caminho andado. Força», remata.

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Texto: Inês Borges/ Fotos: DR
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