“Casa feliz”: Programa idealizado em dois dias já dura há dois anos

O matutino da SIC completa dois anos de emissões depois de um arranque sem tempo para preparação. À TV 7 Dias, João Baião celebra o sucesso do formato… e da dupla que formou com Diana Chaves.

25 Jul 2022 | 10:00
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Para João Baião, fazer um balanço de Casa Feliz” “tem uma resposta rápida”: “é um balanço mais do que positivo”. Para já, tem sido um privilégio estar ao lado da Diana [Chaves] e conhecer esta mulher maravilhosa, uma grande profissional e um grande ser humano. Depois, a equipa da Coral tem-nos apoiado muito e, juntos, temos desenvolvido um trabalho que já criou raízes, não só em termos profissionais como na relação entre as pessoas. A equipa é fantástica. São dois anos maravilhosos”, explana o apresentador, em declarações exclusivas à TV 7 Dias.

Estreado em 21 de julho de 2020, o matutino da SIC foi idealizado pela direção encabeçada por Daniel Oliveira em apenas 48 horas, na sequência da surpreendente saída de Cristina Ferreira, a então anfitriã de O Programa da Cristina, para a TVI. João Baião recusa, ainda assim, a ideia de ter difícil assumir um programa sem a devida preparação. “Todos os programas têm a sua complexidade. Não há ‘o mais difícil’. Depende do dia, do estado de espírito, dos conteúdos… Mesmo hoje, dois anos depois de o programa começar, há dias em que fico mais nervoso do que, por exemplo, no primeiro dia”, confessa, continuando: “Fico sempre um bocadinho nervoso e ansioso, porque gosto de controlar tudo. Mesmo que seja mentalmente, gosto de sentir que está tudo sob o meu controlo, dentro daquilo que vou fazer. Não é controlar em termos de poder. É sentir que tenho os vértices do programa alinhavados na minha cabeça.”

Diana Chaves “tornou-se numa grande amiga” do também ator. “É uma pessoa com quem posso partilhar coisas da minha vida, porque é uma pessoa… Nem sei o que é dizer. É sensível, é atenta e é serena. Tem o outro lado de mim. Eu sou mais agitado e ansioso. Ela vem equilibrar os pratos da balança nesta relação de dupla”, afirma, lembrando que a química entre os dois “foi muito natural”: “Nem foi preciso muito tempo. Foi o tempo para aquilo que o público via, porque as pessoas acharam logo que havia uma discrepância muito grande. Nós não sentimos isso. Sentimos que cada um tem o seu tempo para se moldar. É como juntar duas peças de barro. Até elas se unirem numa só, é preciso moldar, mexer e amassar.”

O verão será passado, claro, a trabalhar, com João Baião a desdobrar-se entre Casa Feliz, Domingão e a peça de teatro Monólogos da Vacina, em digressão pelo país. Cansaço? Nem vê-lo. “Cansado é uma palavra que não existe no meu vocabulário. Continuo a gostar muito daquilo que faço. Estou muito feliz, porque tinha muita vontade de voltar ao teatro e está a exceder todas as expectativas”, diz. “Brevemente”, vem a tão esperada paragem de alguém que está a trabalhar todos os dias da semana. Vou ter tempo para férias. Férias em tudo. Tem de ser…”, atira, assumindo que é “capaz de ir um bocadinho para fora” de Portugal.

Texto: Dúlio Silva (dulio.silva@worldimpalanet.com); Fotos: DR

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