Casados à Primeira Vista – Ex-noiva vítima de ameaças de morte e agressão: “O canivete ficou aqui…”

Uma ex-noiva do programa Casados à Primeira Vista, da SIC, partilhou os momentos de terror que viveu devido ao comportamento de uma utente do centro de saúde onde trabalhava.

13 Mar 2025 | 17:55
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Liliana Oliveira, ex-noiva da segunda temporada do programa Casados à Primeira Vista, da SIC, partilhou os momentos de terror que viveu devido ao comportamento de uma utente do centro de saúde onde exercia funções como assistente técnica. A situação escalou rapidamente e Liliana chegou a ser alvo de ameaças de morte e agressões físicas.

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A ex-noiva do programa da SIC esteve no Dois às 10, da TVI, onde falou sobre o assunto: “Criou uma página de Facebook a anunciar a minha morte e enviou-me um vídeo a manusear uma faca a dizer que me ia matar. Criou duas contas de Instagram onde dizia tudo. Mandou-me fotografias de mais de 20 facas. E esta senhora trabalha com crianças”, revelou.

Liliana contou ainda que chegou a ser agredida: “Fui agredida em abril de 2023, 15 dias depois recebi a primeira ameaça de morte no Instagram, depois voltei a receber mais ameaças. Junho, recebi mais ameaças. Em setembro, foi a página do Facebook”, acrescentou.

A ex-concorrente expressou a sua frustração com a alegada inação das autoridades perante as suas denúncias: “Sempre que fiz as denúncias o que me foi dito é que eu tinha de mudar de residência, de local de trabalho, não andar sozinha na rua, se a visse para ligar à polícia, que se houvesse efetivos disponíveis irem ao local, mas o tempo que eu demoro para ligar à polícia é o tempo para acontecer alguma coisa”.

“Tive de mudar de local de trabalho…”

Liliana falou também sobre a falta de medidas, apesar das provas apresentadas: “Aquilo que me choca nisto tudo é que com tantas ameaças e evidências ninguém fez nada neste tempo todo. Fiz queixa na Polícia Judiciária, fiz queixa no gabinete jurídico da instituição para onde trabalho e nada foi feito até à data de hoje (…). Em dois anos, devia ter sido aplicada uma medida de coação e nunca foi aplicada.”

“Em setembro de 2023, ficámos as duas frente a frente. A minha preocupação, porque eu percebi que ela me reconheceu, não foi comigo, foi com a minha filha. Tive de alertar a escola, explicar a situação e tive de mudar a minha filha de escola.”

As consequências das perseguições obrigaram Liliana a mudar o seu local de trabalho: “Tive de mudar de local de trabalho, porque esta utente é sem médico de família e o único sítio onde lhe pode ser prestado o serviço é ali. O conhecimento que tenho dos relatórios que me chegaram pelo tribunal é que foi feita uma avaliação médica no IML, e não tem qualquer problema psiquiátrico. Fez um acompanhamento em consultas que abandonou por iniciativa dela e deixou de fazer medicação por iniciativa dela.”

E continuou: “Ela dizia-me ‘tenho um papel passado pelo médico que diz que posso fazer o que quiser e não me acontece nada’. O que me choca é: com tantas provas, e sendo um crime público, porque é que em dois anos não houve medidas aplicadas, não houve um desenrolar. (…) A instituição disse-me que tinha de sair do trabalho: estive de acidente de serviço, psicologicamente estou a ser acompanhada, faço medicação para conseguir estar mais estável emocionalmente, não é fácil lidar com isso. (…) O canivete ficou aqui [aponta para o pescoço], ninguém me diz que não aconteceu. É grave! As imagens vêm-me muitas vezes e com o aproximar do julgamento e dar de caras com ela… constantemente.”

Por fim, criticou a postura da instituição onde trabalhava, que a terá ‘obrigado’ a mudar de serviço devido à sua exposição mediática: “Quando regresso à instituição, o que me foi dito é que a minha cara aparecia vezes demais na televisão, tinha de mudar de serviço e que a equipa já não me queria ali, porque tinha denunciado.”

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Texto: Sofia Mendes
Fotos: Redes sociais, reprodução SIC
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