Catarina Gouveia relata dor de sofrer aborto: «Foi muito duro»

Catarina Gouveia revelou que viveu uma gravidez que não «foi para a frente».

04 Out 2020 | 11:20
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Catarina Gouveia foi a mais recente convidada de Daniel Oliveira no Alta Definição, na SIC.. O testemunho da atriz, emitido este sábado, 3 de outubro, foi considerado pelo apresentador uma dos «mais brutais de sempre» na história do formato e contou com momentos de muita emoção.

Daniel Oliveira quis saber qual foi o pior vida de Catarina, momento em que a atriz de 32 anos revelou que viveu uma gravidez que não «foi para a frente».

«Há um dia que me marcou mas que hoje vejo um propósito para ter acontecido. Por isso, não posso considerá-lo o pior dia da minha vida. Acho que foi assim que teve que acontecer. Foi uma gravidez que não foi para a frente. Falo disto pela importância, porque todas as pessoas quando um teste dá positivo nunca falam da possibilidade de correr mal e a possibilidade é bastante elevada. Acontece todos os dias e as mulheres não falam sobre isto», começa por revelar.

Catarina Gouveia garante que «foi muito duro»

«A forma como aconteceu foi muito dura. Eu estava numa consulta e disseram-me: ‘Tenho uma má notícia para si. Não tem batimentos. Por isso, se quiser fica aqui no hospital..ou então vai para casa’. E eu: ‘Desculpe? Como assim?’ ‘Não tem batimentos. O corpo não reconheceu que teve um aborto, o coração não está a bater por isso ou fica aqui ou vai embora para casa e espera que o seu corpo expulse naturalmente ou fica aqui’. Eu estava de 10 semanas de gestação. Eu pensei: ‘Esta senhora não sabe o que me está a dizer. Eu vou-me vestir e vou a outra médica. Uma verdadeiramente competente’. O teu cérebro tenta arranjar várias desculpas para a situação. Realmente fui a outra médica, ela era muito competente, mas não houve qualquer tipo de acompanhamento. Ela era muito fria», continua, visivelmente emocionada.

«Foi um período muito complicado porque tu te sentes-te incapaz. Achas que a pessoa que está ao teu lado nunca percebe verdadeiramente o que tu estás a sentir. É o teu corpo e depois tu colocas em causa se algum dia conseguirás ser mãe ou se foste tu que fizeste algo de errado. Ninguém falava sobre isto e eu também não queria falar com ninguém. Acabei por ser internada no hospital para haver a expulsão do feto. Foi uma fase muito complicada da minha vida. Levas um abanão. Acho que fica lá sempre a ferida, mas está cicatrizada. Quando vier uma próxima gravidez não vai ser experienciada da mesma forma. Vai ser vivida com muitos receios. Eu nunca pensei que seria assim».

Texto: Inês Marques Fernandes; Fotos: DR e Arquivo Impala
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