Cinquenta anos do 25 de abril contados por quem acordou com a Revolução

Júlio Isidro recorda as empregadas que saíram à rua para dar comida aos militares, José Cid fala dos telefonemas… Leia os testemunhos de quem acordou com o 25 de abril de 1974.

18 Abr 2024 | 13:38
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A TV 7 Dias reuniu vários testemunhos de quem viveu o dia em que se implantou a Liberdade, 25 de Abril. Júlio Isidro recorda as empregadas que saíram à rua para dar comida aos militares, José Cid fala dos telefonemas em que exaltou poder cantar em liberdade e Victor Espadinha conta que regressou a Portugal dois dias depois.

Júlio Isidro

“Na noite do 25 de abril saí do noticiário do Rádio Clube Português era 1h15 da manhã, por troca do Joaquim Furtado. Ele tinha um compromisso na RTP. Saí e fui a uma boate, Porão da Nau, antigamente não havia discotecas. Fui para casa eram 3h da manhã. E cerca das 5h a minha mãe bate-me à porta do quarto, dizendo que estava a ouvir uma música estranha e umas mensagens no Rádio Clube Português. Eu levantei-me de imediato, ouvi um bocadinho daquilo, percebi logo que era alguma coisa relacionada com a Revolução… tomei o meu banhinho e fui a pé de casa dos meus pais até à rádio. Entrei cerca das 6h da manhã e só saí passadas 48 horas. A ler noticiários, comunicados das Forças Armadas, saía também para fazer pequenas reportagens, nas ruas já estava a haver grande agitação. Um de nós saía com o gravador… Ainda fui também à libertação dos presos políticos em Caxias…”.

Leia todos os testemunhos na revista TV 7 Dias em banca.

TV 7 DIAS

Texto: Ana Lúcia Sousa (ana.lucia.sousa@worldimpalanet.com); com Carla Ventura (carla.ventura@impala.pt); 
Fotos: Arquivo Impala
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