Cláudio Ramos: «Quero que os concorrentes vejam em mim a pessoa com quem podem desabafar»

Em entrevista exclusiva, Cláudio Ramos faz o balanço da estreia do BB2020 e revela ainda como vai lidar com Pedro Alves, que assumiu no programa ser «um bocado homofóbico».

28 Abr 2020 | 19:35
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Cláudio, agora que o Big Brother estreou, como está o seu estado de espírito?

O meu espírito está maravilhado com o resultado do programa, com tudo aquilo que se diz dele, da forma como foi recebido e da maneira como me foram chegando reações de todos os lugares. Para além, disto, sei que fizemos um grande programa de entretenimento, que tem um caminho pela frente.

Nas redes sociais, foi muito elogiado. Recebeu muitas mensagens de amigos?

Milhares. Não as li todas, irei fazê-lo esta semana. Não era humanamente possível. Recebi mensagens de todas as pessoas que se possa imaginar, de gente próxima, menos próxima, gente que descobriu o meu telefone e quis dar uma palavra de força e elogiar o formato. Notei aqui, e isso foi muito bom, que profissionais de todos os canais me manifestaram a sua opinião. E isso é salutar. Eu gosto disso, porque eu sempre o fiz.

Pode revelar duas ou três dessas mensagens?

Não vou revelar mensagens privadas. Não é bonito fazê-lo. Ficam no meu coração. É o melhor lugar. Nunca achei graça a que se revelem coisas trocadas em privado.

A Teresa Guilherme foi uma dessas pessoas?

Não vou dizer quem me mandou mensagens.

Ao longo da noite, houve alguns concorrentes que deram mais nas vistas. Já tem alguns preferidos?

Não posso revelar um favorito, porque de verdade são todos. Juro! Para mim, são todos. Eu já os conheço há quase três meses, tenho-lhes um afeto que vocês começaram a criar agora. Tenho também a noção que há concorrentes que chamam mais a atenção por determinadas características, mas não vou falar delas agora, nesta fase do programa, porque me compete que cada um tenha da minha parte o mesmo tratamento. E assim será. Até à final.

Conhecemos a Sónia, o Rui e até o Edmar, concorrentes que, à primeira vista, parecem ser pessoas muito espontâneas. O que espera deles no confessionário? Vão fazer rir os telespectadores?

Quero, acima de tudo, que estes e os outros concorrentes se divirtam e divirtam todos. O meu objetivo é esse. Não só esses de que fala, mas todos. Quero-os divertidos e humanos.

Prevê que possa haver romances dentro da casa?

Ui… Se eu fizesse futurologia…

Um dos concorrentes assumiu ser homofóbico. Incomoda-o esse tipo de preconceitos?

Aprendi, desde muito cedo, a lidar com vários pontos de vista. Estarei ali, umas quantas semanas para fazer ver ao Pedro o que ele diz e pensa. Sobre isso, especificamente, não me faz sentido. Tenho a certeza que, dentro da casa, ele vai dar conta de realidades que o farão avaliar melhor a sua maneira de pensar.

De que forma é que estar no Big Brother pode ajudar a mudar a mentalidade deste concorrente?

Eu acho que o formato mudou já muitas mentalidades. Não me vou agarrar a uma frase dita por um concorrente, que tem o direito de entrar no programa em igualdade de circunstâncias que todos os outros. Prefiro vê-lo em ação dentro do jogo. Isto é um jogo, não nos podemos esquecer.

O que podemos esperar do Cláudio como apresentador?

Um amigo e um confidente, seguramente. A minha preocupação é que vejam em mim a pessoa com quem podem desabafar, a mão que podem agarrar. Serei cúmplice deles e serão para mim os meus novos amigos.

As audiências são importantes para si?

Eu ligo a audiências, naturalmente. Mas a celebração está feita com as reações tidas que chegaram e estão à vista de toda a gente. A alegria de ter feito este programa é superior a qualquer outra coisa. O caminho de um formato destes, numa antena como a da TVI nesta fase, faz-se caminhando. E nós estamos juntos a caminhar. Eu, TVI, equipa, espetadores. Juntos para o mesmo caminho.

O programa não foi em direto e foi gravado no sábado. Porquê?

Foi gravado em live on tape – tempo real – E foi uma opção ditada pelas circunstâncias e pela grande complexidade técnica desta fase do BBZoom. A partir de domingo, dia 10, dia da entrada na casa do Big Brother, o programa será em direto.

O que sentiu ao entrar no estúdio vazio, sem público?

Estava preparado. É inquestionável que público facilita a dinâmica de uma gala, mas é também inquestionável que a opção agora, e para o bem de todos, principalmente do público, é esta e é com esta realidade que temos de lidar.

 

Texto: Patrícia Correia Branco | Fotos: TVI

 

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