Com data prevista de estreia para 24 de março, isto se a TVI não decidir prolongar novamente o Big Brother – Desafio Final, a nova edição do reality show vai arrancar com novidades. Além de o canal ter decidido dar um passo atrás com o apresentador inicialmente anunciado, haverá um novo espaço na casa mais vigiada do país que promete criar mais tensão e divisão entre o grupo de novos participantes.
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Segundo a informação comercial à qual a TV 7 Dias teve acesso, na nova edição vai haver um lounge do líder que será “o local mais desejado pelos concorrentes”, pode ler-se. “Além das vantagens de jogo que o Líder da semana adquire (imunidade, destaque no jogo e a responsabilidade da distribuição de tarefas e organização da casa), o Líder terá acesso ao Lounge do líder, um espaço só dele e dos companheiros a quem decidir dar acesso“, adianta a estação de Queluz de Baixo no mesmo documento, referindo ainda que, “neste espaço, encontrarão conforto, acesso privilegiado a uma sala de controlo e imagens exclusivas”, algo que já acontece no Big Brother Brasil. Já as aposta relativa à prova semanal deixará de ser feita na sala comum, como tem sido até agora, passando a ser feita no cubo.
Além destas novidades, a TVI decidiu ainda avançar com um novo apresentador para o Big Brother 2024. É que no dia 13 de dezembro, o canal de Queluz de Baixo deu Cristina Ferreira como certa no formato. “Com as luzes da casa ainda acesas, o jogo no BB 2023 continua ao rubro com os olhos no grande prémio final. Cristina Ferreira, a apresentadora da atual edição, fica também confirmada como apresentadora do BB 2024“, disse a estação na altura. Contudo, agora deu o dito por não dito e anunciou, no passado dia 8, que “a próxima edição do Big Brother, com início na Primavera, terá apresentação de Cláudio Ramos”, decisão esta tomada “conjuntamente pelo Diretor Geral, José Eduardo Moniz, e pela Diretora de Entretenimento e Ficção, Cristina Ferreira, no final de 2023”.
A TV 7 Dias falou com Cláudio Ramos sobre esta mudança e o apresentador garante não saber quais os motivos. “Só a Cristina e o José Eduardo é que podem dizer, eu não faço a mínima ideia. Eu fui convidado pelos dois, foi uma decisão unânime do José Eduardo e da Cristina, diretora da estação e diretora de programas, e a mim resta-me só aceitar ou não aceitar”, diz, em exclusivo à nossa/sua revista. O comunicador garante estar “satisfeito” pois, na sua opinião “é uma renovação de um voto de confiança. Digamos que é como se esta ação validasse o trabalho que foi feito nos outros, mas principalmente neste Desafio Final“.
“Não conseguiram lidar com a pressão”
Foi a 7 de janeiro que a casa mais vigiada do país abriu portas para os concorrentes do Big Brother – Desafio Final e, para Cláudio Ramos, o programa não poderia estar a correr melhor. “Superou muito as minhas expectativas. Eu acho que agarrou o espectador desde o primeiro momento e abraçou o espectador de uma forma que há muito tempo um reality não abraçava. Isso, a mim, deixa-me muito satisfeito, por mim, obviamente, mas também pelo elenco que está lá dentro e pela equipa que é gigante a trabalhar para que isto resulte”, explica.
Além de estar em antena todos os domingos à noite, em alguns dias da semana o comunicador “entra” na casa mais vigiada do país após o Jornal Nacional e está no Dois às 10 de segunda a sexta-feira de manhã. Questionado sobre como gere o cansaço, Cláudio Ramos adianta que tem de ser “com muita disciplina”. “Eu sou uma pessoa muito organizada. Deixei de fazer algumas coisas, obviamente. Priorizei apenas aquilo que é fundamental. Não vou ao teatro, não vou ao cinema, não me janto com amigos durante este percurso, que tem um princípio, um meio e um fim. Abdico de algumas coisas, o que é perfeitamente normal”, refere, adiantando ainda que “grave e complicado são as pessoas que acordam às 06h00, apanham dois transportes, têm que levar os filhos à creche, têm que trabalhar, levam €700 para casa e não têm, às vezes, comida que lhes chegue até ao fim do mês. Isso é que é cansativo. Eu sou um privilegiado, só tenho de me adaptar às circunstâncias”.
Desde que o formato estreou, já houve cinco desistências: Jéssica Galhofas (22 de janeiro), Jandira Dias (25 de janeiro), Francisco Monteiro (29 de janeiro), Miguel Vicente (6 de fevereiro) e Joana Taful (8 de fevereiro). Para o apresentador, “o Desafio Final é para os fortes. Se desistiram, é porque, se calhar, não estavam tão preparados para ficar dentro da casa e por isso saíram”, diz, salvaguardando ainda que não considera que esta decisão seja “um sinal de fraqueza”. “Não conseguiram lidar com a pressão que a casa lhes dá e consideram que há outras coisas mais importantes cá fora. O mais importante de tudo é a estabilidade emocional de cada um deles. O caso da Joana saiu por causa dos bebés, não foi por causa dela. O Francisco saiu porque não se entendia com o Miguel. E o Miguel saiu porque se sentiu injustiçado. Todos têm as suas razões para sair de dentro do jogo e nós temos que as respeitar”, conclui.
Texto: Carla Ventura (carla.ventura@impala.pt) Fotos: Redes sociais