A Cofina abortou o negócio de aquisição da Media Capital, que tutela a TVI, por não ter alcançado o aumento de capital de 85 milhões de euros. Um dia depois de a decisão ter sido comunicada, sabe-se que o grupo que detém o Correio da Manhã e a CMTV conseguiram um investimento de 82,1 milhões de euros, correspondentes a 182 milhões de de novas ações.
Por subscrever ficaram, por isso, cerca de 3% de novas ações. Ou seja, o aumento de capital de 85 milhões de euros pretendido pela empresa liderada por Paulo Fernandes falhou por 2,9 milhões de euros.
Estes dados foram enviados pela Cofina num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). «A Cofina entendeu, depois de todos os esforços feitos e contactos realizados infrutiferamente junto de potenciais investidores ao longo deste período, bem como, conforme já foi comunicado ao mercado, tendo em consideração a recente e significativa deterioração das condições de mercado, que não estavam reunidas as condições para o sucesso da oferta particular», explica a empresa.
Mais: em resposta à Prisa, a outra parte do negócio, a Cofina garante que a «possibilidade» de abortar o negócio caso não se alcançasse o aumento de capital pretendido, estava «prevista no prospeto da oferta pública de subscrição». Há um dia, o maior conglomerado espanhol de empresas de comunicação social dizia o contrário, acusando a outra parte de «uma quebra do acordo de aquisição de ações», assinado entre os dois grupos em setembro e alterado em dezembro, desvalorizando em 55 milhões de euros da Vertix, que controla 94,69% da Media Capital.
Isto porque, fundamentou a Prisa, esta empresa só teve conhecimento, através «da informação privilegiada divulgada pela Cofina no seu site e no site da CMVM, que a Cofina, sem aviso prévio à Prisa, abandonou voluntariamente o aumento de capital» da empresa, a fim de adquirir a dona da TVI.
Por isso, continuou, «a companhia vai iniciar a partir desta data todas as ações disponíveis contra a Cofina no prosseguimento do acordo de compra e venda». Quer isto dizer que, por considerar que a empresa liderada por Paulo Fernandes não cumpriu o previamente acordado, a Prisa tudo fará para forçar os donos do Correio da Manhã a comprar a empresa que tutela a TVI.
«De acordo com declarações da Cofina no acordo de compra e comunicadas ao mercado, a Cofina tinha assegurado os compromissos necessários para financiar a transação, quer por parte de instituições de crédito, quer por parte dos seus significativos acionistas, no montante necessário para cobrir o aumento de capital», explicitou a Prisa na mesma missiva.
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