Conan Osíris revela batalha: «luto contra bué demónios, antigos e recentes»

O músico que representou Portugal no Festival Eurovisão da Canção faz confissões sobre a sua auto-estima e revela que, por vezes, «precisa de ser salvo da própria mente».

11 Jul 2019 | 15:30
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Conan Osíris representou Portugal no Festival Eurovisão da Canção há dois meses. Nas semanas que se seguiram ao evento musical, o músico tem estado mais resguardado da exposição mediática, possivelmente a preparar o concerto do próximo dia 18, no festival Super Bock Super Rock.

Esta quinta-feira, 11 de julho, o intérprete de Telemóveis, fez uma longa confissão sobre o seu estado de alma, dando a entender que, tal como muitas pessoas, sofre de problemas de auto-estima.

«Às vezes precisamos tanto ser bonitxs, ser aceites, ser salvxs da nossa própria mente. Vocês sabem que eu luto contra bué demónios, antigos e recentes. Que me fazem querer esconder, fugir, sabotar. Que me fazem acreditar que nada interessa, e muitas vezes acredito duplamente que nada interessa e tudo é demasiado interessante», diz o cantor.

 

«Vos quero, mesmo a cheirar a sardinha»

 

Conan Osíris, cujo nome de batismo é Tiago Miranda, explica ainda que oscila entre estados de alma. «Um dia sou merda mal cagada na parede do esgoto compostada com cabelos, cotonetes com tintura de iodo, bocados de ranho e unhas. Outro dia sou o fruto da vida e semente da vida numa só lua. Um dia sou eloquente, noutro sou incapacitadamente vernacular».

Por fim, o vencedor do Festival da Canção 2019 diz que, apesar deste conflito interior, quer estar perto dos seus fãs. «Decidi que não quero estar assim tão longe de vocês. Quero os nossos toques, quero estar na sabura, quero estar com vocês num palácio de cristal e numa esteira de corda ao mesmo tempo. Vos quero, mesmo a cheirar a sardinha».

 

 

Texto: redação WIN  Conteúdos Digitais | Fotos: Arquivo Impala

 

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