Continua a gerar grande emoção a partida precoce de Sara Tavares, que perdeu a luta para um tumor cerebral com apenas 45 anos e depois de mais de uma década a batalhar contra a doença. Com as homenagens feitas à artista que se celebrizou no programa Chuva de Estrelas, da SIC, chegam também mais detalhes sobre os últimos tempos de vida da cantora crescida em Almada.
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Catarina Furtado, que não tinha aguentado as lágrimas na gala de The Voice, voltou a chorar ao falar sobre a amiga no programa A Nossa Tarde, da RTP. “Aquilo que gostava de dizer é que o mais importante legado da Sara, para além da sua generosidade, elegância, talento, brilho, luz, é de facto a sua música. É que a Sara só foi feliz no palco. A Sara partiu cedo de mais”, começa por dizer. “A Sara era absolutamente corajosa sem precisar de ser bélica, dizia não com doçura. Foi corajosa quando decidiu fazer a sua própria procura da música. Conseguiu reunir lusofonia e ir à procura das suas raízes”, prossegue.
“A Sara era algodão doce”
A apresentadora acaba então por abordar o estado de saúde debilitado de Sara Tavares nos últimos tempos de vida. “Foi a fé que a ajudou nesta partida. A Sara que há muito tempo estava doente mas que nunca desistiu. Ia sempre compondo, ia sempre escrevendo, porque nos últimos tempos ela já não conseguia comunicar através da palavra. A Sara era uma metáfora, a Sara era algodão doce”, termina.
“Dela, esperava-se tudo”
Também Tozé Brito, produtor e amigo de Sara Tavares, aborda o frágil estado de saúde da cantora, que, diz ao Correio da Manhã, estava internada “há vários meses com uma doença degenerativa”. “Os tratamentos agressivos fizeram com que se desenvolvesse uma doença autoimune. Nos últimos meses, já só queríamos que ela não sofresse”, prossegue. “Dela, esperava-se tudo. Era bonita, tinha boa voz, era inteligente”, termina.
Texto: Bruno Seruca Fotos: Impala e reprodução Instagram