Após a grande estreia na SIC, Cristina Ferreira falou sobre Mário Machado, o polémico convidado do programa de Manuel Luís Goucha que levou ao término do segmento Crónica Criminal do Você na TV.
Questionada pelos jornalistas se convidaria o líder de extrema direita a falar no seu novo programa, a apresentadora afirmou que não se revê na escolha feita pelo programa das manhãs da TVI.
«Não. Nunca foi pessoa [Mário Machado] que me interessasse conhecer», declarou a nova cara da estação de Carnaxide esta sexta-feira, dia 7 de janeiro, momentos após ter terminado a primeira emissão d’O Programa da Cristina.
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Ao lado de Cristina Ferreira neste dia importante, Daniel Oliveira, apresentador e director de entretenimento da SIC, também foi confrontado sobre o assunto. No entanto, absteve-se de dar qualquer opinião afirmando ter noção da repercussão que as suas palavras podem ter.
«Percebo a pergunta mas entendo o impacto que a minha resposta vai ter por isso não vou responder a essa pergunta», explicou Daniel Oliveira quando interrogado sobre se Mário Machado seria um convidado possível no programa de Cristina.
Depois da entrevista a Mário Machado, TVI suspende Crónica Criminal
Foi o próprio Manuel Luís Goucha quem confirmou o fim da rubrica Crónica Criminal do Você na TV, após a polémica entrevista ao líder de extrema direita.
«O Mário Machado vem num convite expresso do autor da rubrica [Bruno Caetano] e aqui também nos põe a pensar em termos de equipa e é bom dizer aqui que a direção de programas decidiu justamente suspender a rubrica por quebra de confiança. E também nos leva a pensar que temos de estar cada vez mais atentos a quem convida quem», revelou o apresentador na passada sexta-feira, dia 4 de janeiro, na rubrica de José Eduardo Moniz, Deus e o Diabo, no Jornal das 8.
Apesar de ter admitido considerar «perigosas» as ideias de Mário Machado, Manuel Luís Goucha salientou a importância do debate de ideias numa democracia. «Eu não me inibo de participar num debate televisivo, mesmo que existam ideias perigosas veiculadas por alguém. Acho que é assim que se combatem ideias perigosas em democracia».