Cristina Ferreira deslocou-se até ao Brasil, mais precisamente ao Rio de Janeiro, para marcar presença como oradora na Web Summit. Nesta sexta-feira à noite, a apresentadora publicou, na sua conta oficial do Instagram, uma foto no Vidigal, uma favela brasileira. “Fui, com medo, mas fui”, escreveu a apresentadora.
A diretora de Entretenimento e Ficção da TVI publicou vários registos deste momento e escreveu na legenda, no seu perfil do Instagram: “Vidigal. Fui, com medo, mas fui. Entrar na favela, agora comunidade, nunca tinha feito parte dos planos. Ontem fui”, começou por escrever.
A apresentadora explicou o porquê de se ter deslocado à favela: “O Evandro, morador do Vidigal e taxista, tranquilizou-nos. Avisou que podíamos ver armas e que não devíamos tirar fotos. Podíamos ter ido de moto boy. É a forma comum de andar na comunidade. Motos que sobem as ruas, íngremes, e levam ao ponto mais alto onde está o bar da Laje”.
”O perigo existe e a realidade é dura”
“Eu não sou de romantizar o Rio, o perigo existe e a realidade é dura. Mas entrar, enquanto apresentadora, é ter muita vontade de contar aquelas histórias. Há lojas, supermercados, muitos cabeleireiros, zonas de convívio, as chamadas bocas onde se veem os traficantes com fuzis. A televisão tem espaço importante, como diz o Evandro, no mínimo cada casa tem uma com 30 polegadas. A melhor vista do Rio é deles”, continuou.
Cristina Ferreira acrescentou: “Na hora de descer, entrei num filme que os meus olhos realizaram. Estavam todos a regressar a casa. As carrinhas das escolas, as centenas de motos que levam turistas e moradores, as portas abertas, o único prédio com elevador. Um amontoado de vida. Difícil, é certo. Mas, o medo deu espaço à curiosidade”.
“Só queria ter ficado ali, a saber quem são. Não tenho fotos de nada, a não ser do bar da Laje. E pensando bem, não era possível mostrar nada. Porque ali a vida não é um instante fotográfico. E tem cor”, finalizou a apresentadora.
Leia ainda: Cristina Ferreira desvenda como se tornou numa marca: “Excentricidade e provocação”
