A Crónica da Agricultora: «Dalila sendo Dalila. A miúda mais insuportável e conflituosa»

Inês Martins analisa mais uma semana de emoções fortes nas quintas dos protagonistas da terceira edição de Quem Quer Namorar Com o Agricultor?. O rurality show da SIC já está na reta final.

06 Jul 2020 | 18:50
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A cronista da TV 7 Dias Inês Martins analisa mais uma semana de emoções nas quintas dos agricultores.

 

Ela vomitou cá para fora tudo aquilo que guarda há imenso tempo e foi engolindo

 

Estamos na reta final de Quem Quer Namorar Com o Agricultor?. Aurélia, ao contar a história da vida dela ao agricultor, conseguiu emocionar-me. Vejo agora uma mulher tão diferente do primeiro dia. Aqui está a prova de que as primeiras impressões podem enganar e faz-nos errar nos julgamentos que fazemos sem, primeiro, dar a oportunidade de conhecer as pessoas.

No último dia de Chaves, pairou uma nuvem negra. E tudo devido a um mal entendido durante a noite e a desavenças de Susana com Neusa (que não me parece ser uma birra de ciúmes, mas sim uma coisa normal de mulheres a viverem juntas há já imenso tempo).

A coisa dá-se. Ao ponto de o agricultor tentar apaziguar o arrufo falando com Susana com toda a paciência e, no final da conversa, ao pedir-lhe um abraço, Susana explode. Parece-me que vomitou cá para fora tudo aquilo que guarda há imenso tempo e foi engolindo. Várias emoções guardadas são perigosas para certos dias de mais sensibilidade.

Desde há uns programas que reparo que Susana não gosta das mãos atrevidas do agricultor. E o agricultor pode até ter agido desta vez de forma carinhosa, sem más intenções, mas podia também ter consideração e respeito pelos vários pedidos que já a vi fazer para controlar esse tipo de afeto, algo que ela não se sente confortável em receber do agricultor.

Mas assim se deu o fim deste casal, assim se estraga tudo. Pois é, Susana, já não me parece que vás ser escolhida. De qualquer forma, também não vejo o agricultor a escolher nenhuma das três, porque nenhuma lhe entrou no coração.

 

Continuo sem saber como o alentejano aguenta. Que paciência de santo

 

Na quinta do Paliotes temos o mesmo de sempre. Dalila sendo Dalila. A miúda mais insuportável e conflituosa das três temporadas termina a… Adivinhem lá… Discutir, pois com certeza. Ai que ‘fartadela melheriiii’ (mulher em alentejano). Continuo sem saber como o alentejano aguenta. Que paciência de santo.

Pois é, Mafalda e Cláudia, as escolhas não foram feitas mas já estão bem esclarecidas nesta quinta. Não encontraram o amor no campo mas estão de parabéns por todo o vosso percurso. Ao longo do programa, mostraram ser umas mulheres de bom coração, bons valores e merecem encontrar um amor. Só ainda não foi desta.

Gostei da sensatez e amizade da Yasmyni. Nestas andanças, é rara a mulher que sabe respeitar um possível romance entre duas pessoas sem invejar ou querer destruir por simples malvadez por não ganhar “o troféu”. Parabéns. Foi lindo de se ver. Só me provou mais ainda os bons valores desta mulher que sempre me fez admirá-la como boa pessoa que foi ao longo de todo o programa.

Mas não mudo a minha opinião sobre este casal. O agricultor está completamente apaixonado. Sendo ele sensível, preocupa-me de um possível sofrimento no futuro quando a Maria João (e desculpem a expressão sem querer ofender) “o mandar pastar para longe”, porque os sentimentos não cresceram.

Ela só sente um carinho pelo agricultor. Sim, pode crescer um amor com a convivência. Mas NÃO. Não adivinho o futuro, mas a meu ver… Não. Pode ser que esteja enganada. Porque, ao contrário de muitas mulheres, não desejo mal a quem vejo feliz e, se forem felizes com as suas diferenças, fico feliz por eles, claro.

Nunca vi a Mafalda sem palavras. Aquele mulherão furacão, quando soube que era o último dia, teve ali numa luta para não chorar sem reação sem a tal resposta na ponta da língua que foi sempre tão característico dela. Ela veste uma capa de durona. Vê-se que é uma mulher cheia de lutas e que ganhou sabedoria perante a vida. Que se conhece tão bem e ganhou um auto-controle incrível.

Mas a despedida foi difícil. Já o agricultor ali continua no gosto das duas e que vão ambas fazer falta. Pela amizade, compreendo esta atitude dele. Mas eu, como candidata, neste caso, fugia a sete pés deste meio termo de… Gosto das duas e tal. Para mim, não há cinzentos. Temos de aprender a definir e a diferenciar emoções e sentimentos.

 

Adivinhei o desfecho cedo demais

 

Sobre a quinta da Catarina, é a semana que não tenho muito a dizer. Já foi uma das minhas quintas preferidas. Depois, pelo meio, estava a ficar muito repetitiva e teatral. Depois, comecei a ver pelo lado da amizades entre eles e voltei a gostar e, pronto, adivinhei o desfecho cedo demais.

Rouba o entusiasmo e a surpresa do grande final. Não há nada para dizer, nada de novo. Vai ficar uma bonita amizade entre todos. E na verdade não é amor mas é um sentimento puro, genuíno e bonito e isso também é o mais importante. Amizades verdadeiras no dia de hoje também não são fáceis de encontrar.

 

Crónica: Inês Martins, empresária e ex-candidata de Quem Quer Namorar com o Agricultor?

 

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