Nunca num passado recente um reality show trouxe à tona tantos temas que merecem a atenção da sociedade portuguesa como o Big Brother 2020. A saúde mental foi um dos assuntos colocados em cima da mesa, com Ana Catharina a assumir-se bipolar e Diogo a revelar que está a lutar contra uma depressão. Agora, foi a vez de Daniel Guerreiro falar abertamente sobre o suicídio.
Em conversa com Teresa sobre a sua passagem pelo mundo da música, o mentalista garantiu nunca ter tentado pôr fim à vida, ainda que essa ideia lhe tenha passado pela cabeça. O concorrente de Setúbal tinha 21 anos quando fechou um ciclo na sua vida. «Deixei tudo. Saí do estado negativo em que estava. Eu escrevia muito sobre isso… Então, também percebi em certo ponto que, se eu deixasse de sofrer, deixaria de ter o que escrever», começou por revelar.
«Entraste em depressão?», questionou a concorrente mais velha do programa da TVI. Daniel Guerreiro anuiu. «Alguma vez te tentaste matar?», continuou Teresa. «Ah… Não, mas tinha pensamentos suicidas. Isso, sim», confessou o também hipnoterapeuta.
Depois, explanou: «Há quem encare o suicídio como um egoísmo, em que a pessoa só está a pensar nela. Mas, na verdade, a maior parte das pessoas que comete esse tipo de ato fá-lo exatamente a pensar nos outros. Porque acha que é a causa do sofrimento de outra pessoa, porque outra pessoa tentar fazer com que ela fique bem e ela não fica, porque acha que é um peso e um fardo, porque acha que não é uma boa companhia, etc. Acha que nunca vai sair daquele estado e pronto…»
«Quando se está nesse estado, a ideia de acabar com a própria vida faz sentido. Essa é a parte assustadora», concluiu o namorado de Soraia, mais tarde, na mesma conversa com Teresa.
«Tenho zero motivos para estar infeliz»
Esta é já uma fase ultrapassada para Daniel Guerreiro. Atualmente, o concorrente do Big Brother 2020 diz-se orgulhoso do percurso que trilhou até à entrada na casa mais vigiada do País. «Eu não tenho de pensar em motivos para estar feliz. Porque raio é que haveria de estar infeliz? Tenho família, tenho casa, tenho amigos – bons amigos -, tenho um bom trabalho, faço aquilo de que gosto, construí até agora uma boa vida, orgulho-me de quem me tornei…», enumerou.
«Tenho zero motivos para estar infeliz. Não é uma desavença, uma discussão, um desentendimento ou uma coisa que corre menos bem que é suficiente [para me deixar infeliz]», concluiu o mentalista.
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