Daniel Guerreiro envolvido em gangues e com a vida em risco!

Daniel Guerreiro foi traído e alvo de bullying. Como consequência, tornou-se rebelde, juntou-se a grupos organizados, onde circulavam pistolas e estupefacientes, e chegou a viver em barracas.

14 Jun 2020 | 11:20
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Daniel Guerreiro é atualmente uma pessoa controlada nas emoções e que, segundo o que se tem visto durante estas semanas de emissão do Big Brother 2020, consegue manter calma em momentos de maior tensão. No entanto, a vida de Daniel Guerreiro nem sempre foi esta aparente tranquilidade.

No passado, o concorrente de Palmela esteve inserido num gangue, uma realidade que o fez tomar contacto com um mundo diferente, onde reinam as drogas, a violência e, inclusive, as armas. Esta rebeldia de adolescência levou-o, inclusive, a dormir nas barracas.

Toda esta rebeldia foi espoletada ainda na pré-adolescência, quando o hipnoterapeuta, ao regressar de umas férias no Algarve, descobriu que a sua namorada estava de relação assumida com o seu melhor amigo. «Eu descobri ao abrir o msn e ver uma fotografia deles os dois no quadradinho em modo Titanic. Aquilo que eu decidi fazer naquela altura foi aceitar, ou seja, eu tolerei aquilo. O risco de tolerar situações como esta e de aceitá-las como normais é que nos torna indiferentes. E quando nos torna indiferentes, tudo é tolerável e, por isso, aceitável. Então deixamos de ter a capacidade de distinguir o que é que é aceitável e o que é que não é», revelou em conversa com os colegas da casa.

Revoltado com a vida e com o facto de, inclusive, ter sido vítima de bullying na escola, Daniel decide juntar-se a um gangue. E aqui é que as coisas se complicaram. «Eu tive a oportunidade de viver no meio onde muita gente morreu por conflitos com a polícia, roubos, assaltos e tudo mais e alguma coisa, ou entre gangues, drogas. Tive imensos problemas com a lei», recordou, acrescentando ainda ter dado por si «trancado num quarto com quatro gajos, um pitbull e tacos de basebol pelas costas». «Queriam-me matar».

Irmão revela: «Teve faca e pistola apontada»

Sobre este assunto, Ricardo Guerreiro, o irmão, vai mais longe e revela outros pormenores: «Ele tinha muitos problemas porque havia muita gente que não gostava dele. E quem não gostava, e não era só dele, queriam fazer a folha e por isso passou por situações de conflito. Ele andava constantemente à porrada, seja pelas letras das músicas, seja por mulheres, seja por aquilo que for».

Sem querer pormenorizar quais os motivos para os conflitos, Ricardo garante que, naquela fase, o irmão teve a vida em risco. «Teve faca e pistola apontada? Sim, tudo. Safou-se porque matar alguém não é fácil, então acabava por se safar. Obviamente que ele não gosta muito de abordar esse tema, porque é passado, mas ele usa os seus maus exemplos para os seus seminários».

Outro problema que recorda dessa fase de rebeldia foi um acidente de viação em que Daniel se deu como culpado. «Bateram contra uma rotunda e isso causou-lhe alguns problemas. Não era ele que ia a conduzir, mas ele é que ficou com as culpas, pagou uma rotunda nova, entre outros. Ele responsabilizou-se porque o carro em questão era dos meus pais. Isso foi um ato de rebeldia. Tirou a chave e foi com os amigos».

Além destes atos isolados de rebeldia e dos problemas que, à conta dos gangues, ia tendo não só com a justiça, como também com o rivais dos outros grupos, a entrada de Daniel neste submundo colocou-o também em contacto com as drogas. Mas, neste campo, Ricardo garante que «Ele já consumiu, mas nunca foi toxicodependente. Eram fumos. Os meus pais, mais tarde, chegaram a saber.»

Passou fome e viveu nas barracas

Filho de dois professores, Daniel tornou-se rebelde ainda em adolescente. Na altura, foi viver para casa da avó materna, em Setúbal, de onde fugiu para dormir em barracas, revela Ricardo. «Quando saía da casa da minha avó ia para casa de amigos, mas chegou a viver numa barraca. Viveu com várias pessoas. Nem todos pertenciam ao gangue, também chegavam a ser desconhecidos, outros eram pessoas que também estavam a tentar ter um teto», conta, em exclusivo à TV 7 Dias.

Os pais souberam de tudo, mas, esclarece Ricardo, «o Daniel mostrou claramente que não queria ser ajudado, no entanto mantinha o contacto com a família, ia lá a casa regularmente, mas simplesmente não queria ser ajudado, era um ponto bem assente. O facto de o levarem lá para casa por um puxão de orelhas, ele voltava a sair se fosse preciso. Por isso eles perceberam que não era altura para o estar a obrigar a fazer uma coisa que ele ia contrariar.»

Aos 16 anos, o hipnoterapeuta desiste da escola e decide ir para o Algarve, para junto da sua avó paterna. E aqui volta a passar por um período muito complicado. Em conversa com outros colegas de casa, o concorrente revelou ter ido para o sul do país, onde trabalhou em restauração. «Trabalhava 14 a 15 horas por dia. (…) Duas semanas depois, eu tinha bolhas nos pés, eu desmaiava no trabalho, eu tinha meia folga, que era em vez de entrar às 09h00, entrava ao meio-dia. Nós almoçávamos todos os dias às 16h00, mas foi das experiências mais enriquecedoras que eu tive», conta.

«Isto levou-me, por exemplo, a morar num barracão com baratas. Todos os dias eu acordava com baratas no lavatório, eu tinha baratas a morar por baixo da minha cama, a passar aos meus pés pela noite. Eu vivi em sítios em que tínhamos dez beliches de um lado, dez beliches do outro com o pior cheiro que vocês possam imaginar à face da terra, com gajos ao vosso lado a masturbarem-se com vocês lá, uma coisa horrenda. Eu dormi na rua, passei fome, contorci-me de dores muitas e muitas noites, eu dei por mim a fazer simplesmente pão com farinha e água porque era só isso que eu tinha», contou, ao companheiros do BB2020, que o ouviram com ar incrédulo.

Ricardo explica que esta necessidade de alugar casa, quando tinha a avó a residir no Algarve, prendeu-se com o facto de a sua família morar em Albufeira e de ter de se deslocar para Albufeira para trabalhar. «Para quem não tem um transporte fixo, todos os dias fazer este trajeto ainda é um esticão grande. Então ele, juntamente com outras pessoas que trabalhavam com ele, e mesmo estranhos, chegou a morar em Quarteira. A casa das baratas era uma coisa super pequena, que tinha só uma cama, cozinha e casa de banho. Isso eu lembro-me perfeitamente. Ele partilhava com mais uma pessoa, mas só tinha uma cama. Dormiam na mesma cama», garante.

Pais ajudaram Daniel a terminar o curso de hipnoterapeuta

Até então, os pais de Daniel nunca o tinham conseguido ajudar. No entanto, após alguns anos a trabalhar na restauração e outros tantos com uma depressão, o concorrente interessou-se pela linguagem corporal e pela psicologia. Decidiu aventurar-se novamente e avançou para um curso de hipnoterapia.

«A três meses de acabar o meu curso, eu decidi despedir-me. Como eu decidi despedir-me, os meus pais, maravilhosos como são, decidiram apoiar-me. E o apoio deles foi ‘pela primeira vez estamos-te a ver interessado numa coisa do início ao fim’ eles disseram ‘nós ajudamos-te. Mas a única ajuda que te damos é, ajudamos-te a pagar a prestação do curso, só isso e nada mais’. Os meus pais cumpriram essa promessa e eu agradeço-lhes imenso por causa disso, mas obviamente aquilo levou-me à penúria», recordou.

Seis meses depois de ter terminado o curso e com uma carteira de clientes ainda pobre, Daniel decide dar formação em linguagem corporal para ter mais rendimentos, ainda assim insuficiente. «E uma das imagens que eu mais tenho marcada é dos meus alunos convidarem-me para almoçar com eles durante a formação e eu dizer-lhes que não porque tinha trabalho para fazer. E assim que eles saíam, sacava da minha lata de salsichas ou de atum porque eu não tinha era dinheiro para ir comer com eles. Eu cheguei a dar aulas a uma pessoa, que é uma coisa super constrangedora», assumiu.

O certo é que o jovem acabou por sair do buraco onde se encontrava e, agora, já é autosuficiente e está longe deste passado obscuro que o marcou, mas que também o fez crescer.

(texto originalmente publicado na TV 7 Dias 1734)

 

Textos: Carla Ventura; Fotos: Reprodução Instagram e Reprodução TVI

 

 

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