José Carlos Malato desabafou recentemente sobre as Jornadas Mundiais da Juventude, em que falou sobre os abusos sexuais pela igreja católica, bem como a chegada de peregrinos que têm sido acolhidos em várias casas. “Sobre os que acolhem jovens em suas casas ou nas paróquias pende a dúvida e o vitúperio a que os abusadores clericais os condenaram”, disse.
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O apresentador continuou: “O que é pena, porque há pessoas decentes – a maioria. A única forma de se verem livres dessa ignomínia é apontarem os culpados, estes serem julgados e as vítimas ressarcidas. É revoltarem-se contra o branqueamento que esta jornada patrocina. Até lá serão todos, presumivelmente, não confiáveis. Lobos com pele de cordeiro. Quem entrega os filhos a esta gente é cúmplice e irresponsável. Deus queira que esta Jornada não dê lugar a um novo vale de lágrimas! Sei o que digo porque a religião e os religiosos deram cabo da minha vida. E disso nunca mais vou recuperar”.
“Os milhões gastos não serão suficientes para resgatar uma só criança abusada. Uma vida, indelevelmente, destruída. Estamos cá para ver”, finalizou José Carlos Malato. O desabafo do apresentador foi analisado pelo comentador Adriano Silva Martins, na sua rubrica Lupa das Estrelas, que assina numa publicação nacional. O comentador do programa apresentado por Maya e Rui Oliveira mostrou-se solidário com o sofrimento do apresentador, mas discorda de alguns pensamentos do comunicador da RTP1. “Sou solidário com o sofrimento que passou. Sou mais que solidário, estou com ele. Mas quando acusa os que não pensamos como ele de branquear os abusos na igreja, entristece-me e afasta-me”, escreveu.
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