Na casa do Desafio Final, da TVI, Miguel Vicente partilhou detalhes inéditos sobre a sua passagem como comentador do Big Brother 2023, a edição que consagrou Francisco Monteiro como vencedor.
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Numa conversa reveladora com Daniela e Inês, Miguel Vicente recordou: “Era comentador nesse, ia duas ou três vezes por semana. O meu favorito era o Zaza. Apoiei-o do início ao final, a minha ‘team’ ficou com ele. (…) Ele teve o mérito dele e eu disse: ele foi o protagonista do início ao final. Comentei, havia muita gente contra ele e eu muitas vezes defendi-o. Depois, entrámos numa casa e batemos de frente. Normal, temos os dois personalidade forte, se calhar lá fora até nos podíamos dar bem”.
O algarvio descreveu os sacrifícios da sua rotina de comentador, com viagens exaustivas entre o Algarve e Lisboa: “Não foi fácil ser comentador. Saía do Algarve, apanhava o autocarro – só ficava cá quando eram dois dias seguidos – saía às cinco da tarde, chegava aqui às 11, ia comentar à meia-noite, apanhava o autocarro às três da manhã e chegava ao Algarve às seis da manhã. Não é fácil, o dia a seguir é perdido”.
“Ganhava pouco…”
Questionado sobre a remuneração, Miguel Vicente esclareceu: “Não ganhava mal, não. Depende de quem fores. Imagina um Flávio Furtado, uma Merche Romero, uma Cinha Jardim, não tem nada a ver… Eu era o que menos ganhava, fui novo a entrar lá, é normal, os outros estavam há mais tempo que eu. Ganhava pouco, não vou dizer quanto ganhava, mas ganhava pouco cada vez que lá ia, tenho noção disso, mas também tenho noção que estava a semear para tentar colher mais tarde”.
Miguel Vicente revelou um momento de cordialidade com Pedro Crispim: “Tivemos uma reunião de comentadores antes de começarmos. Eles muito profissionais. O Pedro Crispim, que me criticou no meu programa, foi um querido, chegou ao pé de mim na maquilhagem e deu-me um abraço”.
A distância revelou-se um obstáculo intransponível, levando à sua saída do painel de comentadores: “Fui convidado para comentar estas últimas edições. Eu é que não consigo, é muito longe. Se tivesse cá casa, ia comentar, mas não tenho. E aumentaram-me o cachê! ‘Miguel, damos-te mais’, eu disse: ‘Não consigo’, perdia o dia a seguir todo, era o dia a dormir”.
Por fim, Miguel Vicente partilhou uma confidência de Manuel Luís Goucha: “Na primeira entrevista, antes de irmos para o ar, ele disse-me assim: ‘Quando te vi a entrar, disse logo à equipa toda que ias ganhar, foste o meu preferido’. Fiquei com um sorriso de orelha a orelha”.
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Texto: Sofia Mendes Fotos: Redes sociais, reprodução TVI
