Márcio Gonçalves, atual concorrente de “The Voice Portugal”, não tem tido a vida facilitada no programa da RTP1. No ano passado, não passou das Batalhas, por ter contraído COVID-19, e, na penúltima gala, uma faringite quase que o tramou.

Recordando o ano de 2020, Márcio Gonçalves, que está na equipa de António Zambujo, explica, em exclusivo à TV 7 Dias, que, na altura em que teve de ficar de fora do formato da RTP1 devido ao vírus, sentiu um misto de emoções.

“Foi frustração, raiva, passei ali por uma espécie de depressão, também derivado à COVID-19, que deixa uma pessoa com as energias bastante em baixo. Foi uma fase muito complicada. Tive falta de energia e perdi o paladar e o olfato. Além disso, a minha voz ficou bastante danificada. Não conseguia chegar a notas que normalmente facilmente conseguiria. Foi aí que comecei a perceber que se estava a passar alguma coisa comigo”, conta o participante de “The Voice Portugal”.

“Parece que o Mundo anda a conspirar contra mim”

Este ano, quis voltar a tentar a sua sorte e, no Tira-Teimas do talent show da RTP1, o seu sonho ia ficando novamente posto em causa. Tudo devido a uma faringite: “Parece que o Mundo anda a conspirar contra mim. Estou com uma faringite, já fui ao médico e já estou medicado. Estou a cortisona e antibióticos, porque isto inflamou tudo.”

O certo é que, durante o dia, Márcio esteve sempre “desanimado”. Contudo, apesar de não ter conseguido dar o seu melhor, fez o melhor que pôde nas condições em que se encontrava. “Este pequeno obstáculo encarei com raiva, por me estarem a acontecer coisas nas alturas em que eu mais preciso da voz”, adianta o concorrente de “The Voice Portugal”.

Pais babados com percurso em “The Voice Portugal”

Quem não cabe em si de orgulho são os seus pais, que estão “babados” por ver o filho na televisão. Mas a forma como agora encaram esta aventura do concorrente pela música nem sempre foi assim. Quando desistiu da faculdade, para se dedicar à arte, os progenitores “ficaram tristes”.

“Mas não me julgaram muito, nem me disseram nada. Eu fiquei mais triste que eles, porque eles tinham alguma esperança em mim. Era o único filho que ia para a faculdade, e eu, de certa forma, desiludi-os. Fiquei com peso na consciência”, conclui o participante de “The Voice Portugal”.

Texto: Carla Ventura (carla.ventura@impala.pt); Fotos: Filipe Faleiro/Shine Iberia Portugal

(artigo originalmente publicado na edição nº 1814 da TV 7 Dias)