Dolores Aveiro, de 65 anos, sofreu um AVC Isquémico na madrugada desta terça-feira, dia 3 de março, e foi internada às 5h30 da manhã no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, Madeira. A notícia foi avançada há instantes pela rádio 88.8 JM/FM.
Já de acordo com o jornal regional Jornal da Madeira, que cita a mesma fonte, o quadro clínico da mãe de Cristiano Ronaldo «inspira muitos cuidados». Depois de ter realizado exames que confirmaram o AVC Isquémico, a matriarca do clã Aveiro foi imediatamente submetida a uma intervenção, «que decorreu de forma muito positiva». A mesma publicação local explica que «a equipa médica que a intervencionou utilizou uma técnica denominada trombectomia mecânica, de alta complexidade, que se revela muito eficaz na desobstrução de artérias».
Outra fonte, desta vez ao dnoticias.pt, garante que Dolores Aveiro «está consciente e estável», isto já depois de ter sido «removido o trombo». Esperará agora 12 horas até realizar novos exames que permitirão conhecer a condição clínica de mãe do craque da Juventus.
Tudo o que precisa de saber sobre AVC
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de morte em Portugal. Por hora, três portugueses sofrem um AVC. Destes, um não irá sobreviver e, pelo menos, outro ficará com sequelas incapacitantes. De acordo com a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral, Portugal é, na Europa Ocidental, o país com a taxa de mortalidade mais elevada, sobretudo na população com menos de 65 anos de idade.
Os fatores de risco são muito numerosos e, quanto maior for o seu número, maior o risco de ocorrência de um AVC. Alguns desses fatores não são controláveis, como a idade, o género (mais frequente nos homens) e a genética.
Em relação à idade, é importante referir que cerca de 25 por cento dos AVCs ocorrem em pessoas jovens.
Contudo, existem outros riscos que podem ser reduzidos por mudanças no estilo de vida (deixar de fumar, praticar exercício, fazer uma dieta rica em fruta e vegetais) ou por medicação:
- Dieta pouco saudável com excesso de bebidas alcoólicas;
- Hipertensão Arterial: A hipertensão arterial (HTA) é o principal fator de risco para a trombose (e enfarte) cerebral – AVC. A relação da pressão arterial com o risco de AVC é forte, contínua, progressiva e iterada (quanto maior é o valor da pressão arterial, maior é o risco);
- Hábitos tabágicos: O tabagismo contribui – isoladamente – para 12 a 14 por cento de todas as mortes por AVC;
- Dislipidemia: O tratamento com Estatinas (fármacos inibidores da síntese de colesterol no fígado) e a diminuição do LDL-colesterol (colesterol mau) reduz significativamente o risco de AVC em doentes com risco cardiovascular elevado (diminuição de 21 por cento do risco de AVC isquémico por cada redução do LDL em 39 mg/dl). Por isso, é importante saber os níveis do colesterol e das «gorduras» do sangue;
- Diabetes: O risco de um diabético ser hipertenso é quase o dobro de um indivíduo sem diabetes. Nos diabéticos é fundamental – e imprescindível – manter um controlo rigoroso da pressão arterial e da dislipidemia.
A realidade é que o AVC é uma doença evitável, mas não é só pelo seu diagnóstico que é necessário investir. É necessário adotar uma postura preventiva no combate aos fatores de risco, inclusive, existem casos em que as pequenas mudanças que podemos fazer nos nossos hábitos do dia-a-dia não são suficientes e é necessário recorrer a tratamentos para diminuir o risco acidentes cardiovasculares nestes doentes.
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