Dona do Correio da Manhã assina acordo para negociar compra da TVI

O grupo Cofina garantiu exclusividade nas negociações com a Prisa para a compra da TVI. Para o negócio ir para a frente, a TVI24 e a CMTV não poderão coexistir.

14 Ago 2019 | 17:40
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Paulo Fernandes, o Presidente do Conselho de Administração do grupo Cofina, que detém os jornais Correio da Manhã, Record e Jornal de Negócios, a revista Sábado e a estação CMTV, terá assinado um memorando com a Prisa, dona da TVI, que lhe assegura exclusividade nas negociações para a compra do canal.

A informação é dada como certa pelo semanário Expresso, que cita várias fontes envolvidas no processo. A decisão de avançar para as conversações, um negócio há muito falado nos bastidores das duas empresas, foi desencadeada pelas recentes mudanças na estrutura administrativa da Media Capital, propriedade da Prisa: a saída da administradora-delegada Rosa Cullell e a entrada de Luís Cabral para o mesmo cargo.

Por sua vez, o Observador avança com a possibilidade de a empresária angolana Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, também fazer parte deste negócio ao lado da Cofina.

Embora ainda não haja uma proposta formal, Paulo Fernandes garante com a assinatura deste acordo, feito há três  semanas, exclusividade para as negociações da compra da TVI, afastando da esfera da Prisa outros potenciais compradores. Segundo o Expresso, Mário Ferreira, CEO da Douro Azul, era um dos interessados.

 

CMTV pode ser vendida

 

Quando – e se – houver um negócio concreto, este só será considerado válido para a Autoridade da Concorrência caso a TVI24, explorada pela Media Capital, e a CMTV, gerida pela Cofina, não coexistam. Quer isto dizer, portanto, que a TVI só poderá ser vendida ao dono do Correio da Manhã se os dois canais forem fundidos. Existe ainda a hipótese, segundo o Observador, de a CMTV ser vendida a outro grupo.

 

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Texto: Dúlio Silva | Fotografias: Impala
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