Cofina e Prisa anunciaram este sábado o acordo que aproxima cada vez mais a junção das duas empresas. Ainda faltam os pareceres positivos de várias entidades mas o negócio parece estar cada vez mais próximo de estar concluído.
Na prática, o grupo que detém a CMTV e o Correio da Manhã, entre outros títulos, tornar-se-á em breve dono da TVI. O acordo foi anunciado este sábado em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Imobiliários.
Para concluir o negócio, a Cofina terá de desembolsar 255 milhões de euros, valor esse que engloba a oferta da Cofina pela Media Capital, menos a dívida da empresa 80 milhões de euros no final do primeiro semestre de 2019).
O mesmo realça. no entanto, que esta operação carece ainda de várias condições: a aprovação da Autoridade da Concorrência; o parecer positivo da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC); a aprovação pela assembleia-geral da Prisa do contrato de compra e venda; a aprovação da venda pelos credores da Prisa e ainda aprovação do aumento de capital da Cofina para financiar esta operação.
O que vai acontecer depois?
As consequências, em termos estruturais, para as duas empresas, ainda estão longe de estar definidas. Por saber estão fatores importantes como a logística (irá a Media Capital, situada em Queluz de Baixo, mudar-se para o edifício da Cofina, em Lisboa?), a junção, eliminação de títulos e canais dos respetivos grupos e, numa fase posterior, a inevitável dança das cadeiras.
Para já, é necessário esperar pelas aprovações necessárias para que o negócio esteja concluído. Um processo que poderá durar, num cenário otimista, várias semanas.
Texto: Raquel Costa | Fotos: Arquivo Impala