Donald Trump pode fazer com que Cristiano Ronaldo perca milhões de euros

Em 2015, Cristiano Ronaldo comprou um apartamento na Trump Tower, por 15 milhões de euros. Com todas as polémicas à volta do antigo presidente dos EUA, o imóvel está à venda por menos de metade.

16 Jun 2021 | 9:00
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Cristiano Ronaldo está à beira de perder milhões de euros por causa de Donald Trump. Em causa, está um apartamento que o craque comprou em 2015, na Trump Tower, em Nova Iorque.

Na altura, o jogador investiu cerca de 15 milhões de euros num luxuoso apartamento, na Quinta Avenida – uma das zonas mais caras da cidade – com três quartos e que dispõe ainda de outras comodidades dignas de um verdadeiro milionário. Este imóvel foi comprado antes de Donald Trump se tornar presidente dos Estados Unidos e quando era apenas um dos maiores empresários norte-americanos, com direito a um reality show na televisão.

Assim que Trump entrou na Casa Branca e começou a tornar-se uma das figuras mais polémicas da política mundial, os seus negócios no ramo imobiliário começaram a entrar em queda. Talvez pela pressão mediática, Cristiano Ronaldo quis desfazer-se do apartamento e colocou-o à venda no mercado em 2019, por “apenas” 7,5 milhões de euros. Ou seja, metade do valor que pagou por ele.

Até agora, o craque ainda não conseguiu vender a ‘mansão’ nova-iorquina e, de acordo com o jornal espanhol “As”, a 19 de maio deste ano, viu-se obrigado a baixar novamente o preço até aos 6,4 milhões.

Problemas imobiliários não param

Recentemente, Cristiano Ronaldo também foi notícia por causa de uma das suas casas: a de Lisboa, mais propriamente o apartamento mais caro do país, que lhe terá custado 7,3 milhões de euros. O craque mandou construir uma marquise que, aparentemente não estava no projeto inicial. A alteração não terá sido autorizada pelos condóminos, nem pela autarquia. O arquiteto do prédio, José Mateus, demonstrou a sua revolta nas redes sociais e alegou falta de respeito do craque.

O fundador do gabinete de arquitetura ARX recorreu à sua página do Facebook, a 27 de maio, e contestou a edificação no topo do edifício. “Comprou um apartamento no edifício Castilho 203, cuja arquitetura foi desenhada pela ARX, atelier que fundei com o meu irmão Nuno em 1991 e que baseia o seu trabalho, tal como CR7, numa dedicação extrema, níveis de exigência altíssimos, trabalho diário duríssimo”, começou por escrever.

O autor do projeto refere ainda que há “regras” e “princípios” a cumprir “seja por quem for” e que o respeito que sentia pelo jogador internacional desapareceu. “Assistir ao desrespeito e à conspurcação de forma ignóbil do nosso trabalho, da nossa arquitetura, sem ter cumulativamente a anuência dos arquitetos, dos vizinhos e sem projeto aprovado pela CML [Câmara Municipal de Lisboa], construindo à bela ‘maneira antiga’ uma marquise no coroamento do edifício, é algo a que não vou assistir parado. Há cultura, há autorías, há regras, há respeito pelos outros e pelo trabalho dos outros, há civismo, há princípios que não admito que sejam atropelados. Seja por quem for”, continuou, acrescentando: “Inúmeras vezes vibrei com a arte de CR7, emocionei-me com os seus golos extraordinários. Hoje marcou um autogolo, aquele que me ficará gravado para sempre, na minha arquitetura, e sob a forma de um profundo desprezo”.

Câmara Municipal de Lisboa não aprovou marquise

Uma fonte oficial da Câmara de Lisboa, em declarações à revista Sábado, contou que o acréscimo da marquise no terraço do prédio não recebeu luz verde para avançar. No processo consta apenas “um pedido de autorização para umas guardas de vidro para ferro”, assegurou a mesma fonte.

À SIC Notícias, na noite de 27 de maio, Fernando Medina referiu que vai ser pedida uma inspeção às alterações feitas no apartamento de luxo do jogador. “Tudo será regularizado de acordo com a lei”, disse o autarca.

Texto: Patrícia Correia Branco com Carolina Sousa; Fotos: Redes Sociais

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