Bruce Willis, de 67 anos, colocou um ponto final à carreira por sofrer de afasia, um problema neurológico que afeta a comunicação. Dias depois do anuncio, feito pela família do ator, começam a vir a público os vários problemas que este enfrentou nos últimos anos e que levaram vários realizadores a recusar trabalhar com ele.
De acordo com o jornal Los Angeles Times, nos últimos filmes que fez, Bruce Willis não podia gravar mais do que quatro horas seguidas. Os guiões tiveram de ser adaptados, porque o ator não conseguia decorar textos muito grandes e usava sempre um pequeno transmissor no ouvido, por onde um técnico lhe dizia as falas.
O realizador Mike Burns, que trabalhou com Bruce Willis em 2021, nas gravações de “Out of Death”, falou com esta publicação. “Percebi que ele tinha um problema, porque me pediram para encurtar os seus diálogos”, contou, acrescentando ainda: “Quando terminamos, eu disse que não faria mais nenhum filme com ele. Estou aliviado por ele ter terminado a carreira”.
Bruce Willis disparou arma sem querer
Também Jesse V. Johnson, que dirigiu Bruce Willis em “White Elefant”, ficou impressionado com o estado do ator. “Ficou claro que ele não era o Bruce que eu me lembrava do passado”, disse, recordando uma frase que o ator lhe disse que o deixou chocado: “Eu sei porque tu estás aqui, mas eu estou aqui porquê?”. Depois disto, o realizador recusou fazer mais dois filmes com o ator e agora explica: “Somos todos fãs do Bruce Willis, mas aquela filmagem fez-me sentir mal. É um final muito triste para uma carreira incrível”.
Mas os problemas de Bruce Willis foram muito além das dificuldades em memorizar os guiões. Durante as filmagens de “Hard Kill”, o ator disparou uma arma (que tinha balas falsas) por engano e toda a equipa apanhou um susto. Ninguém ficou ferido, mas, de acordo com o Los Angeles Times, todos os atores e técnicos ficaram chocados com o incidente.
