"É contranatura": Filho de José Reza morreu aos 20 anos em acidente de viação

José Reza foi o convidado de destaque do “Manhã CM” desta terça-feira, 18 de maio. O artista esteve na CMTV e falou do assunto que mais o magoa na vida: a morte do filho, Gonçalo.

“Vi um bocadinho da entrevista do Tony Carreira e, de facto, nós perdermos um filho é contranatura”, começou por contar. “O meu Gonçalo tinha 20 anos quando partiu numa situação semelhante à da Sara [Carreira]”, continua o cantor.

“Parece que foi ontem”, diz José Reza sobre a morte do filho

A tragédia aconteceu a 10 de agosto de 1998. José Reza tinha falado com o filho, minutos antes do fatídico acidente. “Eu ia para um espetáculo na zona da Guarda. Ele neste momento estaria a fazer 43 anos. Parece que foi ontem. Tinha acabado de falar com ele por telefone”, revela.

Depois deste episódio, que mudou para sempre a sua vida e a da mulher, o cantor garante que “nos primeiros tempos não dormia”. E disse também que teve “muitos amigos” à sua volta e que “a música foi muito importante. O Tony Carreira vai sentir isso”, realça.

O “cantor de sonhos” revelou a Manuel Luís Goucha que vai “todos os dias ao cemitério” e José Reza disse a Duarte Siopa e Ágata Rodrigues que, todas as noites falava com o filho. “No princípio costumava falar com o Gonçalo. Ia à rua e sabia que havia de estar uma estrela no céu. Então era ali que o Gonçalo estava. Eu olhava para a estrela e falava”, contou.

“Estive mais de um ano parado”

Apesar de, com o passar dos anos, o músico ter conseguido atenuar a dor de ter perdido o seu Gonçalo, a sua mulher, passados 20 anos, continua a sofrer com a morte do filho. “Nós temos de fazer o luto. Estive mais de um ano parado e depois tive vontade de voltar. A minha mulher tinha uma atividade profissional e depois acabou por deixar por causa da morte do Gonçalo. Isolou-se mais. Ela nunca conseguirá recuperar a perda do Gonçalo”, contou no ‘Manhã CM’.

José Reza revelou ainda que dedicou uma música ao filho, intitulada ‘Memória de Ti’: “Tu partiste sem sequer dizer adeus, diz-me porque tu fugiste para longe dos olhos meus. Tu deixaste o meu coração a chorar. A mim não me levaste. Dava tudo para trocar. A tua viagem não tem regresso. Tudo acaba assim. Sabes bem que nunca te esqueço. Trago-te sempre dentro de mim.”