A atriz é um dos rostos principais de “Lua de Mel” e mostra-se muito satisfeita com mais este desafio. “Foi uma surpresa este papel. Quando me falaram no projeto disseram-me que queriam que eu voltasse com a Diana de Alma e Coração e eu fiquei muito feliz, mas ao escreverem a história houve uma dificuldade pois as personagens que contracenavam comigo já tinham feito outros personagens, seria complicado inserirem a Diana assim”, revela, acrescentando: “ Depois surgiu a Dina. Ela não brinca em serviço. Mas não é má pessoa, não tem é os melhores valores. É uma sobrevivente”.
De sorriso no rosto, afiança: “Tive a sorte de receber a Dina que tem duas características que eu normalmente não faço: é a antagonista e ao mesmo tempo é uma vilã e uma personagem que roça o cómico. Nunca fiz em novela personagens cómicas. É despachadona, de raciocínio rápido, desenrascada, de arregaçar as mangas.” E Cláudia Vieira não tem dúvidas: “Acho que o público vai torcer por ela. Apesar de ser meia louca e tresloucada.”
Na trama, a sua personagem vai casar com Renato França, papel de Fernando Pires e ai mostra uma outra faceta. “ Ela é surpreendida pelo amor. A entrega dela ao amor é incrível . Ela dá por ela, embora ela queira o Renato por acha que é rico, a verdade é que quando luta para conquistá-lo pelo dinheiro que tem é traída pelo sentimento que tem por ele, mas depois não vira costas. Ela faz coisas por ele, para ele dar a volta e mostra que mesmo depois de saber que ele é pobre, ela luta por ele e é muito dedicada”
Em Lua de Mel, Jessica Athayde é a sua grande rival e o clima entre as duas promete incendiar os serões da SIC. “ Ainda não andei à pancada com a Jessica, mas há ali uns bate bocas valentes. Não vai ser uma relação fácil. A Lili é muito enjoadinha”, revela, não poupando elogios ao elenco. “Tenho-me divertido muito, tenho dois irmãos maravilhosas, que são o Miguel Raposo e o Lucas Dutra, são os dois muito boas pessoas, seres humanos espetaculares. Surpreendemo-nos uns aos outros durante as cenas. Contracenei pela primeira vez com eles, com o Fernando Pires também e é realmente muito bom trabalhar com pessoas que trazem boa disposição para o plateau.”
Sobre o visual da sua personagem frisa que: “Ela tem salero, é de classe baixa, prática a vestir, usa botins e calças de ganga, usa tops curtos sempre, tem um q de sexy, mas aquele sexy que nem pensou nisso. É naturalmente sexy. Usa o verniz mal pintado, porque supostamente anda de pano na mão. É assim a vida, em casa eu também limpo.”
Habituada ao papel de protagonista, a atriz considera que este trabalho surgiu na altura certa. “Era o projeto que queria, tinha saudades de fazer ficção, este registo de novela, não precisava de ser o ano inteiro. Vou ter férias no verão. Sou uma sortuda. Este projeto começou na altura certa. Depois em setembro virá outro projeto. Entretanto já fiz o Cantor ou Impostor. Está a ser um momento profissional muito bom, muito gratificante, com projetos que são muito desafiantes para mim.”
Apesar de ser um personagem leve, a atriz assume que encontrou algumas dificuldades. “ O maior
desafio foi encontrar um ritmo, ela fala rápido, abrutalhada e acho que eu tenho sempre um registo muito meigo na minha forma de falar. Por isso, acho que, de repente, pôr aquele ritmo, aqueles modos sem jeito, comer de boca aberta, a fisicalidade dela é um bocadinho mais abrupta do que a minha. Foi um grande desafio.”
Texto: Neuza Silva (neuza.silva@impala.pt); Fotos: DR
