“É um verdadeiro genocídio”: Ex-“Big Brother” entrevista ucraniana escondida em Kiev

Soraia Moreira, vencedora do “BB 2020”, falou com uma mulher que está a dormir numa casa-de-banho, escondida, por não ter conseguido fugir a tempo de Kiev. Veja o assustador relato!

04 Mar 2022 | 22:00
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Soraia Moreira teve a oportunidade divulgar um retrato bem real do terror que é vivido na Ucrânia, com os constantes ataques da Rússia. A vencedora do “BB 2020” entrevistou Zakhida Adylova através de um direto no Instagram e o resultado foi emocionante e alarmante.

A namorada de Daniel Guerreiro conduziu a entrevista em inglês e foi traduzindo sempre que conseguiu. Zakhida está atualmente a dormir numa casa-de-banho de sua casa, em Kiev, por não ter conseguido deixar a cidade. Com ela está a mãe e a filha de 11 anos.

Professora de inglês e produtora de um dos primeiros talk shows políticos da Ucrânia, Zakhid conta que chegou à Ucrânia em 2014 apenas com 50 dólares no bolso e que teve de começar do zero. Sente-se injustiçada e impotente perante os consecutivos ataques russos.

Só ao oitavo dia de guerra é que conseguiu dormir: “Esta foi a primeira noite que dormi, a minha mãe ficou a vigiar-me a mim e à minha filha”. A ucraniana assume-se “cheia de stress” e já nem sente dores de “dormir no chão”. Zakhi pertence aos ucranianos que falam russo e, por isso, apela às pessoas para não acreditarem nas “notícias falsas” difundidas pela Rússia, garantindo que nunca foi mal-tratada na Ucrânia.

“Queria pedir para as pessoas não acreditarem nas notícias falsas (…) Eles matam civis, mulheres, crianças, idosos”, acrescenta. “É um verdadeiro genocídio e fascismo”, diz, emocionada.

A mulher explica como têm sido os seus últimos dias: “Tentamos manter a calma e não entrar em pânico. Escrevo no meu diário sobre a guerra. Não é como um jogo de computador, não há possibilidade de uma segunda chance, não ha níveis. Guerra não é entretenimento, guerra é destruição, guerra são lágrimas, guerra é morte de cidadãos”.

Zakh confessa que é “assustador” sair à rua e deparar-se com os bairros da vizinhança “cheios de buracos de malas”. “As pessoas estão a morrer e é chocante testemunhar esta realidade. Está tudo partido”, afirma

 

Assista à entrevista completa aqui!

 

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Texto: Inês Borges; Fotos: DR

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