Em breve em “Festa é Festa”, Isidro (Carlos M. Cunha) surge na cozinha e Quina (Maria Rueff) assusta-se. “Então mas olhe lá, homem, você não era de ter ido tratar de ser padre? Mas então foi ou não foi? Temos padre na terra para nas Páscoas não andarem três maganos malucos com a cruz por aí ou não temos? ”, pergunta a cozinheira. Corcovada (Maria do Céu Guerra) que ia a passar por ali, ouve e também quer saber. “Então, meu neto, como correu? Como diz a Quina, temos padre ou não temos? Eu tenho um padre à minha frente, Isidro?”, interroga.
O Padre Isidro está muito emocionado e tem dificuldade em falar. Corcovada e Quina ainda não conseguiram perceber se são lágrimas de alegria ou tristeza. Pouco depois, este revela: “A avó tem à sua frente um padre, sim! Já sou padre. Eu hoje sou um padre. Sempre me senti um, mas não estava a ser verdadeiro. Não estava a ser correto. Dei o meu melhor, mas com base numa mentira. Foram tantos anos de angústia, de sofrimento, a viver numa culpa sem descrição, numa culpa que me corroía… Eu sabia que não era justo, sabia que tinha de lidar com a verdade. E lidei. Da melhor forma que soube, quando veio à tona, aceitando também tudo o que viesse de consequências más. Mas a vida e Deus, sempre Deus, deram-me esta segunda oportunidade e eu consegui ordenar-me. Minha avó, Quina, a Bela Vida já tem um padre seu, da terra, fixo, e esse padre sou eu.”
Quina e a patroa explodem de alegria. Feliz, Corcovada comenta: “Festa! Festa! Isso, sim, é motivo de alegria, meu neto. (para de dançar) E a vida não dá segundas oportunidades destas a qualquer um. Deu-te a ti porque, no fundo, a tua alma teve sempre verdade e sempre soube o caminho.” Quina começa a chorar e a patroa pede-lhe: “Nada de choros! Eu quero alegria, eu quero riso, eu quero gargalhadas, eu quero Festa!”
E volta a dançar com Quina e ambas puxam Padre Isidro que se junta à dança. Estão os três com muita emoção, celebrando a vitória.
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