Enterrado vivo? Viúva de Carlos Paião conta toda a verdade sobre a morte do cantor

Carlos Paião morreu há 34 anos, vítima de um acidente de automóvel. Há quem diga que foi enterrado vivo e que o caixão estava arranhado por dentro.

05 Set 2022 | 19:50
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Portugal ficou em choque com a morte de Carlos Paião, vítima de um acidente de viação, no dia 26 de agosto de 1988. O cantor tinha apenas 30 anos e, agora, a viúva, Zaida Cardoso, vem a público recordar o tempo que passou ao lado do grande amor da sua vida e esclarecer alguns boatos que perduram até hoje sobre a morte do artista.

Carlos Paião, que representou Portugal na Eurovisão, em 1981, ia a caminho de um concerto em Penalva do Castelo e foi em Rio Maior que aconteceu o acidente que lhe tirou a vida. Entrevistada no “Casa Feliz”, Zaida Cardoso contou: “Ouvimos muitas vezes as músicas do Carlos, com muita saudade e nostalgia. Mas é sempre um momento agradável, o tempo apazigua as coisas e as lembranças são boas. A única lembrança má foi o seu desaparecimento”.

A viúva do cantor falou sobre o dia do fatídico acidente. “Naquele dia, o Carlos tinha saído de casa umas horas antes com as brincadeiras dele, habituais. Despedimo-nos da maneira habitual, ele sempre com brincadeiras, festinhas e palmadinhas. Ele foi buscar os técnicos de luz e de som, como era habitual”, contou, revelando que foram os seus pais quem lhe deram a trágica notícia: “O meu pai telefona-me a dizer que o Carlos tinha tido um acidente grave e que estava em estado grave. O meu pai não me quis dizer logo, só quando cheguei a casa dos meus pais é que fiquei a perceber o que é que se passava e que o Carlos tinha mesmo falecido. Eles já tinham essa notícia, só que não me quiserem dar por telefone.”

Ainda hoje, a viúva de Carlos Paião guarda a guitarra, visivelmente danificada, que ia com o artista “na carrinha, no dia do acidente”. E, com a emoção na voz e no olhar, afirma: “Todos os sonhos de uma vida, que se pensam a dois, e ao fim destes anos todos, tudo isso acaba num segundo. É um golpe duríssimo. Posso dizer que terá sido o pior dia da minha vida”.

Zaida Cardoso acabou com um dos maiores ‘mitos urbanos’ que existe em Portugal. Durante longos anos, correu o rumor de que Carlos Paião tinha sido enterrado vivo e que, quando foram levantaram as ossadas, encontraram o caixão arranhado por dentro, com pedaços de unhas lá cravados e os ossos revirados. Não se sabe bem como surgiu este mito, mas tal não corresponde à verdade: de acordo com a viúva, o corpo do cantor foi autopsiado antes de ser enterrado.

Texto: Mariana de Almeida; Fotos: Impala e reprodução SIC
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