Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda, assumiu publicamente ser homossexual, referindo ainda que anda a ser atacada pelo partido “Chega!”. “No último ano, se tanto, foram movidas três ações judiciais contra mim. Uma por Marco Galinha, dono do Jornal de Notícias e da TSF, porque identifiquei o seu sogro e sócio como sendo um oligarca russo, e duas outras ações por um membro destacado do Chega que, aliás, como curiosidade, convoca Marco Galinha como testemunha de acusação nestes processos”, disse durante o espaço de comentário político que tem com ex-deputada do CDS Cecília Meireles, na SIC Notícias.
“Perseguição política vai continuar”
“Sei que este tipo pressão e perseguição política vai continuar e vai, até, subir de tom e de nível. Seja porque sou mulher, seja porque sou de esquerda, seja porque sou uma mulher lésbica, seja porque sou filha de um resistente antifascista, seja porque, aparentemente, tenho o dom de incomodar algumas pessoas com muito poder. Sei que, infelizmente, nos dias que correrem, para algumas pessoas vale tudo na política”, afirmou, salientado que está “preparada para tudo”.
“Eu não quero saber se és lésbica”
André Ventura, líder do “Chega” com quem Mariana Mortágua já tem uma “guerra antiga”, já reagiu a estas declarações. “Mariana Mortágua, eu não quero saber se és lésbica ou trans, ou outra coisa qualquer, mas se recebes dinheiro público indevido ou acumulas salários de forma ilícita enquanto deputada, isso já me preocupa!”, disse o político.
Veja também: Ventura e a saga do ataque às figuras públicas: Filomena Cautela é o novo alvo
Texto: Inês Borges; Fotos. DR