EXCLUSIVO! Eládio Clímaco DOENTE e SUBSTITUÍDO no Festival da Canção: «Não posso andar»

As intervenções de Júlio Isidro na final do Festival do Canção eram para ter sido feitas por Eládio Clímaco, mas um problema de saúde impediu-o de participar. «Estou com muitas dores», conta-nos.

03 Mar 2019 | 12:32
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A menção específica de Júlio Isidro a Eládio Clímaco, este sábado à noite, na final do Festival da Canção 2019, fazia adivinhar que algo não estava bem com o segundo, o apresentador que mais vezes conduziu o histórico certame de música organizado pela RTP, ganho este ano por Conan Osíris.

A TV 7 Dias soube, entretanto, que as intervenções protagonizadas por Júlio Isidro, ao lado de Margarida Mercês de Mello, eram, de facto, para ter sido feitas por Eládio Clímaco. Já este domingo, dia 3, o próprio o confirmou. «Sim, de facto, eram», afirma Eládio, quando contactado pela TV 7 Dias.

Contudo, «um acidente, há 15 dias», impediu-o de rumar à Portimão Arena, onde decorreu a cerimónia. «Tive uma queda e fiz uma rutura do músculo gémeo da perna esquerda. Ainda por cima, a queda foi para o lado direito e eu, para não fazer mais estragos na coluna e no cóccix, apoiei-me todo no braço esquerdo», conta-nos, acrescentando que a queda se deu num centro comercial. «Havia uma espécie de armadilha, que não se via… Meti o pé esquerdo e caí.»

 

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A rutura do gémeo é de «grau 2» e já obrigou Eládio Clímaco a «duas intervenções cirúrgicas de ambulatório», «para meter um dreno e tirar sangue. «Fiquei com uma perna que parecia um coco, com um depósito de sangue enorme», descreve o consagrado apresentador, de 77 anos, à TV 7 Dias.

O pesadelo não terminou aqui: «Como me disseram que podia guiar um bocadinho… Olhe, numa manobra, senti o ombro a deslocar-se. Um estalo enorme. Uma luxação do ombro, mais uma, para juntar à da perna».

Eládio Clímaco está, por isso, «praticamente imobilizado». «Não posso andar, não posso estar de pé», lamenta, afirmando estar «a passar um mau bocado» e «a recuperar muito lentamente». Mas nem o facto de estar a sofrer «com muitas dores» o faz perder a boa disposição. «Estou todo partido, quer da perna esquerda, quer do braço direito», ri-se.

 

«Ignoraram-me completamente. Fiquei muito magoado»

 

Esta é a «pura, simples e dolorosa» razão que levou Eládio Clímaco a não comparecer na final da 53.ª edição do Festival da Canção. «Se aconteceu, era porque não tinha de ir. As coisas não acontecem por acaso», acredita, agradecendo a menção de Júlio Isidro e lembrando que o Festival da Canção «faz parte de toda» a sua vida televisiva.

«Comecei a apresentá-lo em 1978. Depois, era ano sim, ano não, ano sim, ano sim, até 2000 e não sei quantos. Tentei durante esses anos todos trazer para Lisboa a Eurovisão e, infelizmente, não consegui. Veio para cá [em 2018, depois da vitória de Salvador Sobral na edição anterior], mas não pela minha mão», lamenta.

Na conversa com a TV 7 Dias, Eládio Clímaco lamenta também a desconsideração que diz que a RTP teve para consigo na primeira Eurovisão realizada em território português. «Fiquei um bocadinho triste. No ano passado é que me deveriam ter convidado para assistir de uma forma mais ativa àquilo que se passou na Altice Arena, que foi uma beleza. Ignoraram-me completamente. Eles talvez quisessem emendar a mão com [o convite para] este festival», defende o conceituado apresentador, que esteve sentado «na última fila» do antigo Pavilhão Atlântico, onde teve lugar a Eurovisão 2018.

 

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Acrescenta, todavia, que quando diz isto não significa que pretendesse apresentar o certame internacional, muito bem entregue «à nova geração de apresentadores» – no caso específico, a primeira Eurovisão lusa foi conduzida por Daniela Ruah, Catarina Furtado, Filomena Cautela e Sílvia Alberto -, apenas uma outra consideração pela organização.

«Fiquei muito magoado por me terem ignorado completamente. Isso fiquei. Ao menos merecia estar ali mais presente, ou qualquer coisa do género. Mas não. Eles talvez quisessem emendar a mão com este ano, mas houve pouca sorte, porque não pude ir», repete, em jeito de remate.

 

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Texto: Dúlio Silva | Fotografias: arquivo Impala
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