Antes sequer de vencer o Festival da Canção, Conan Osíris usou as redes sociais para elogiar uma das participantes no certame, Tonicha, e a canção Menina do Alto da Serra. Esta quinta-feira, no 5 Para a Meia-Noite, o representante de Portugal na Eurovisão 2019 voltou a falar das emoções provocadas pela música composta por Nuno Nazareth e escrita por Ary dos Santos.
«Eu curto bué a Tonicha e tenho muito respeito, especialmente pela música que ela foi cantar [ao Festival da Canção] – Menina do Alto da Serrra – a primeira vez que ouvi isso eu chorei… A Tonicha para mim foi uma das maiores cenas no festival», disse Conan no talk show da RTP.
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Em declarações exclusivas à TV 7 Dias, e no dia em que comemora 73 anos, Tonicha reagiu aos elogios do intérprete de Telemóveis. «Não tenho seguido mas, de facto, disseram-me», dcomeça por dizer. A representante de Portugal na Eurovisão em 1971 não viu a atuação de Conan Osíris nem tão-pouco conhece o músico. «Fiquei a conhecê-lo ontem [7 de março] no 5 Para a Meia-Noite mas já estava no final do programa». No entanto, e depois de explicarmos a Tonicha o conteúdo dos elogios feitos por Tiago Miranda, a cantora de 73 anos diz sentir-se lisonjeada.
«Não me é indiferente. Agora vou tentar ouvir a música e a letra, naturalmente e, sinceramente, gostava de lhe agradecer», diz Tonicha.
«O mundo está diferente, as coisas evoluíram»
Antónia de Jesus Montes Tonicha Viegas foi a representante de Portugal na Eurovisão em 1971. Em Dublin, ficou em 9º lugar no total de 18 países. O Mónaco acabaria por vencer nesse ano e, 48 anos volvidos, a intérprete de Zumba na Caneca explica os motivos pelos quais Portugal demorou 50 anos a trazer o caneco eurovisivo para casa (o que aconteceu, recorde-se, em 2017, com Salvador Sobral e a canção Amar Pelos Dois).
«O mundo está diferente, as coisas evoluíram», começa por referir a cantora alentejana. «É natural que tenhamos hoje muitas possibilidades de ganhar o festival, o que não poderia acontecer na altura. Para já, não havia possibilidade de o fazer em Portugal naquele tempo e, por outro lado, nós não tínhamos mercado lá fora. Tudo isso levava a que eles nos recebessem muito bem, gostassem das canções mas ganhar o festival, nessa altura, era impossível», finaliza.
Texto: Raquel Costa | Fotos: Arquivo Impala