Felipa Garnel revela discriminação: «É um mundo de homens e é difícil uma mulher vingar»

Felipa Garnel recorda, com mágoa, curta passagem pela direção da TVI e faz revelações polémicas a Cristina Ferreira.

08 Fev 2020 | 14:35
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Felipa Garnel foi afastada da TVI em janeiro deste ano, – sendo substituída por Nuno Santos – depois de ter assumido o cargo de direção de programas do canal de Queluz de Baixo, em julho de 2019. A Cristina Ferreira, a ex-apresentadora refere que sentiu «ondas de ódio», nomeadamente por parte da imprensa: «havia auditorias que iam sair e que iam revelar resultados financeiros que ditariam o preço final da venda da empresa. Até esses resultados financeiros saírem, era preciso que a TVI estivesse mais em baixo do que já estava e eu era a cara visível para isso. De maneira que estava constantemente nos jornais, mesmo quando fazia alguma coisa bem ou quando comprava um bom programa, ou melhor, e que fazia bons resultados».

A ex-diretora de programas da TVI revelou, ainda, que sentiu uma certa discriminação por ser mulher e estar num cargo de chefia tão importante: «senti também que há uma misoginia. Isto é um mundo de homens», refere. Medindo bem as palavras e esclarecendo que não queria estar a ser «injusta», Felipa esclarece a Cristina: «acho que isto é um mundo de homens e creio que é muito difícil uma mulher, num cargo de direção como é o de diretora de programas, vingar» .

«As pessoas não têm consideração»

«Choraste com isto?», pergunta-lhe a determinado momento o rosto da SIC. «Sim. Ainda me dói, porque acho que podia ter sido mais bem tratada. Tenho sentimentos. Há uma parte em que estou muito tranquila, fiz o melhor que podia. Depois, há uma parte em que eu acho que as pessoas não têm consideração. Acho que isso tem a ver com o ser mulher. Penso que um homem faz de forma diferente de outro homem. Isto é horrível de se dizer em pleno século XXI, na Europa»

Sobre o futuro, Felipa garante que já «não tem idade» para regressar à apresentação e, de momento, vai dedicar-se a «reconstruir casas». «Vou voltar a fazer coisas. Tenho um projeto giro com uma agência de viagens, que é uma coisa que gosto. Sempre gostei. Parada não vou ficar», remata.

Texto: Inês Borges/ Fotos: DR

 

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