O amor está no ar em Festa é Festa na Aldeia da Bela Vida com os casamentos de Aida (Ana Guiomar), São (Sílvia Rizzo) e Florinda (Ana Brito e Cunha). Mas não só. Também Celeste (Margarida Antunes) está muito entusiasmada. Em conversa com Peixoto (Vítor Emanuel) mostra-se radiante com as cerimónias de casamento que, é fácil de ver, os marcou muitíssimo. “Ai, Peixoto… foi o casamento mais bonito a que eu já assisti!”, garante a beata. Ele responde: “Santinha, eu não sou, como tu muito bem sabes ao nível do poderes testemunhar, uma pessoa dada ao chamado exagero. Mas neste caso, tenho de dizer que, sim senhores, tens razão, foi o casamento nomeadamente mais bonito a que tu já assististe. E se tu estás a dizer, eu acredito.”
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Ela sorri e acrescenta: “Mas é que foi mesmo, Peixoto! Correu tudo tão bem… quer dizer, tirando aquele chilique do senhor presidente… mas até isso teve um final feliz.” Peixoto concorda e afirma: “ Também não me parece que tenha jamais em tempo algum presenciado uma cerimónia matrimonial ao nível do casamento assim tão… como direi? Bonito.” Celeste está cada vez mais entusiasmada e sele continua: “E deixa-me acrescentar, se me é permitido, que eu só espero um dia ser tão feliz, e ter um dia assim tão nomeadamente belo e supimpa, como este que os meus queridos amigos
tiveram hoje, ao jurarem amor e fidelidade mútua assim uns para com os outros.” Celeste alega que ele já foi casado, mas o empreiteiro explica: “Com certeza, minha santinha… Mas fui casado apenas e somente pelos desígnios dos homens, ou seja, no chamado casamento civil e hoje percebi que não há nada como um casamento pela igreja…” Ao ouvir isto, a beata fica de queixo caído e ele afiança: “Minha santinha, mas pois com certeza que sim. Poderá haver coisa mais bonita do que aquilo que eles viveram hoje?”
Celeste até sente os joelhos a fraquejarem. Sem que ele se dê conta, ela benze-se, e diz de si para si, em voz baixa: “Ai, Celeste… tu queres ver… tu queres ver que isto foi as sim uma espécie de pedido de casamento?!”
A beata insiste com Peixoto, para que ele faça o pedido de casamento; mas ele nem sequer percebe do que é que ela está a falar. “Está mesmo a falar a sério, Peixoto? Essa história de querer um dia viver um momento tão bonito e especial como o que viveram hoje os noivos…?” Ele confirma e comenta: “Pois com certeza. Não me parece que haja coisa melhor para ambicionar do que passar por uma coisa daquelas. Um homem, a prometer fidelidade eterna à mulher que ama sob a bênção de Deus…” Ela perde mais as forças. “Sabes que eu, o que tenho a dizer, digo logo, sem nomeadamente rodeios”, afirma o empreiteiro. Ansiosa, ela responde: “Então diga, Peixoto! Diga de uma vez, não perca mais tempo! Certo, mas eu quero ouvir assim de maneira mais direta, assim de forma a que não deixe espaço para dúvidas. Se há alguma coisa que quer pedir, então peça, Peixoto.”
No entanto, ele responde que está confuso e não está a perceber o que ela está a dizer. “Peça, Peixoto, faça o pedido de uma vez por todas, olhe que o meu coração não aguenta!”, insiste ela. Ele volta a perguntar do que ela está a falar e desiludida a beata amuada diz: “Deixe lá estar, senhor Peixoto. Já percebi que não é desta.”
Texto: Neuza Silva (neuza.silva@impala.pt); Fotos: Divulgaão TVI
