“Foi difícil”. Liliana Campos recorda regresso ao trabalho após morte de Mariama Barbosa

Mariama Barbosa era uma das comentadoras do “Passadeira Vermelha”, da SIC. Apresentadora conta como foi o primeiro dia após a morte da colega.

26 Set 2022 | 8:10
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Se fosse viva, Mariama Barbosa teria completado 48 anos no dia 4 de setembro. Vítima de um cancro no estômago, a apresentadora deixou uma marca em quem com ela se cruzou, como é o caso de Liliana Campos. Em declarações exclusivas à TV 7 Dias, a anfitriã de “Passadeira Vermelha” recorda, arrepiada, o regresso ao estúdio do programa no qual trabalhou com a amiga.

“O primeiro dia foi difícil. De qualquer das formas, a Mariama era muito presente. Nós falávamos muito dela, porque ela era aquela pessoa que contagiava tudo e todos à sua volta. Há determinados temas em que me lembro muito dela. Mas o primeiro dia, porque lhe fizemos uma homenagem singela, foi mesmo muito difícil. Quando se vive o desaparecimento de uma pessoa tão jovem e tão cheia de vida como era a Mariama… E que estava ali! Ela estava ali, ao pé de nós! Fez parte da equipa, continuava a dar os seus palpites e as suas gargalhadas connosco…”, diz Liliana Campos, referindo que “foi muito duro” voltar ao formato da SIC e SIC Caras. “E continua a ser… Ainda noutro dia, falámos da rainha Letícia e da famosa missa da Páscoa. Não há vez em que se fale disso e eu não me lembre da Mariama a imitá-la”, sorri.

Estas são as “boas memórias” que todos os que conviveram com Mariama Barbosa guardam. “Infelizmente, acompanhei de perto o caso e quero substituir aquelas últimas imagens dela por estas boas recordações”, assume a apresentadora. Liliana Campos acreditava noutro desfecho que não a morte da amiga: “Acho que todos acreditávamos que a Mariama ia ser capaz de vencer. Foi muito injusto. Ela nem teve oportunidade de lutar… Foi muito depressa e foi com uma pessoa como era a Mariama: uma fonte viva de energia contagiante.”

A tentar sorrir dois meses depois da morte de Mariama Barbosa, Liliana Campos continua empenhada a fazer “Passadeira Vermelha”. “É um projeto que me enriquece muito. Só posso estar muito feliz com este projeto”, refere a apresentadora, que está na SIC há uns impressionantes 29 anos. Com a estação prestes a completar três décadas de emissões (a data assinala-se a 6 de outubro), a comunicadora admite à TV 7 Dias que tem dito ao diretor-geral de Entretenimento da Impresa, Daniel Oliveira, que “gostaria de conciliar com mais programas pontuais”. Ainda que, vale a pena lembrar, assuma também há vários anos a condução do formato “Etnias”. “Pergunto-me muitas vezes como é que teria sido se não fosse a SIC. Sou muito feliz na SIC. Claro que, como todas as pessoas, passo por momentos mais motivadores e outros em que acabo por questionar-me. Mas, colocando os pesos na balança, ainda bem que assim foi”, remata.

Texto: Dúlio Silva; Fotos: Reprodução redes sociais
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