Tudo é possível em “Festa é Festa” e, em breve, é a vez de Glória (Catarina Avelar) provar isso mesmo. Quina (Maria Rueff) entra na junta de freguesia e estranha ver a octogenária, que acorda e se apresenta como a presidente substituta.
“Faço mais a dormir do que o seu primo faz acordado! Vamos lá a ver: você tem reunião marcada?”, questiona a mãe de Camila (Marta Gil). A familiar de Bino (Pedro Alves) estranha a pergunta e alega que só lá foi “à procura de uma coisa”. “Chegue-se para lá, se faz favor”, pede a empregada de Corcovada (Maria do Céu Guerra), deixando Glória indignada por vê-la a remexer nas gavetas: “Então, mas isto é assim? Chega-se aqui e põe-se a mexer nas gavetas da presidenta? Isto é praticamente um golpe de Estado!”
Questionada por Quina se Bino sabe que ela ali está, Glória tem resposta pronta: “E o que é que ele tem que ver com isso? Deixou a freguesia sem governo! Isso é crime!” A idosa defende, depois, que “todos os habitantes da aldeia deviam beijar o chão” que pisa e que está a fazer “um favor a toda a gente”, até que Quina encontra o cartão de cidadão do primo.
Na despedida, a nortenha deixa um alerta: “Olhe que estar aqui sozinha é perigoso. Da mesma maneira que eu entrei por aqui adentro, imagine que aparece um meliante e lhe dá um arraial de porrada?” Glória fica em choque com a hipótese e Quina prossegue: “Primeiro, porque a dona Glória, Deus a abençoe, às vezes diz com cada uma que dá mesmo vontade de lhe assentar uma bem assente! E, segundo, imagine que aparece aí alguém para arrear no Bino e, como não o vê aqui, assentam estaladões em quem aqui estiver…”
Ainda assim, a idosa mostra-se mais preocupada com outro “problema”: alguém para lhe atender os telefonemas. “Sabe do que é que eu precisava aqui? De uma secretária. Isto da política, vai-se a ver, é mais difícil do que eu pensava”, desabafa.
Texto: Dúlio Silva (dulio.silva@worldimpalanet.com); Fotos: Divulgação TVI (artigo originalmente publicado na edição nº 1835 da TV 7 Dias);