Guida Maria «está por horas» vítima de cancro

Internada no Hospital S. Francisco Xavier, a atriz Guida Maria tem quadro clínico «irrevesível».

01 Jan 2018 | 20:29
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Guida Maria «descobriu no início do verão» que sofria de «cancro no pâncreas». Começou a sentir dores na zona abdominal «cada vez mais frequentes e mais fortes» e os exames determinaram o pior.

Família e um restrito círculo de amigos têm visitado Guida Maria, «para se despedirem dela». No bairro onde vivia, Campo de Ourique, há muito que a viam «pele e osso, muito debilitada», com a filha, a também atriz Julie Sergeant, na pastelaria frente à casa desta.

Convidada pela TVI para um papel em mais uma telenovela, «ainda pensou aceitar», mas, aconselhada pelos mais próximos, declinou. «Estava magríssima e depressa se descobriria do estado dela».

Internada em S. Francisco Xavier «há três semanas», a atriz «não deve passar desta noite». «Resistiu até à última, mas está por horas.»

Guida Maria nasceu a 23 de janeiro de 1950, em Lisboa. É filha do ator Luís Cerqueira e mãe de Julie Sergeant, de quem tem uma neta, Maria Rita. Estreou-se em 1957, com sete anos apenas, na peça Fogo de Vista, de Ramada Curto.

Fez a formação teatral na Escola de Teatro do Conservatório Nacional e na American Academy of Dramatic Arts de Nova Iorque, concluída com a participação em workshops no Actor’s Studio.

O primeiro sucesso aconteceu com a peça O Milagre de Anne Sullivan (1962), encenada por Luís Sttau Monteiro. Foi, a partir de 1978 até à sua extinção (em 1998), atriz da Companhia Residente do Teatro Nacional D. Maria II.

A 20 de abril 2000, estreia Os Monólogos da Vagina, de Eve Ensler, no Teatro Auditório do Casino do Estoril, um sucesso tremendo e bastante polémico.

Em televisão, teve como último papel Amélia, em A Única Mulher, em 2016. Quase sempre na TVI, mas com várias ‘idas’ à RTP, participou em mais de XX produções televisivas desde 1959, onde se estreou com o pequeno papel Rapariga, em A Chave Mistério.

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